** O índice nacional PSI20 .PSI20 fechou na linha de água, com as valorizações da NOS e do grupo EDP (SA:ENBR3) a serem contrabalançados pelas quedas da Jerónimo Martins e Galp, face a uma Europa que perdeu força com a queda 'a pique' dos preços do petróleo, disseram dealers.
** As principais bolsas europeias encerraram mistas, entre uma queda de 0,5 pct em Londres e uma subida de 2,3 pct em Atenas, enquanto o índice STOXX 600 .STOXX , que agrega as 600 mais cotadas europeias, caiu 0,29 pct, pressionado pelas descidas das energéticas e petrolíferas.
** A cotação do barril de Brent LCOc1 recua 2,46 pct para 47,18 dólares e a do Crude CLc1 afunda 3 pct para 44,98 dólares, após o relatório semanal da agência de energia dos EUA ter mostrado uma subida nos 'stocks' de crude pela segunda semana consecutiva.
As reservas de crude USOILC=ECI aumentaram 2,3 milhões de barris, superando as expectivas dos analistas de uma subida de 921 mil barris.
** Pela positiva destacou-se o sector da banca .SX7P , com uma subida de 1,79 pct, impulsionado pelas valorizações do Commerzbank CBKG.DE e Deutsche Bank DBKGn.DE , após uma revista alemã ter publicado que estes bancos consideraram uma fusão, no passado.
** Os mercados começam agora a centrar atenções na divulgação dos números da criação de emprego nos EUA, na próxima sexta-feira e que são chave para aferir a possibilidade de uma subida de taxas este ano.
"Dois relatórios de emprego escelentes em Junho e Julho colocaram em cima da mesa a possibilidade de uma subida de taxas este ano, mas parece que os investidores querem pelo menos mais um para serem convencidos", disse Craig Erlam, analista sénior na Oanda.
** Na praça portuguesa, o índice PSI20 .PSI20 fechou a subir 0,03 pct. No conjunto do mês de Agosto, o índice nacional caiu 0,75 pct.
** A líder do retalho nacional, Sonae YSO.LS , disparou 4,03 pct no fecho e liderou os ganhos do índice, seguida da NOS NOS.LS que somou 1,93 pct e da Mota-Engil MOTA.LS que avançou 1,74 pct.
** A sustentar os ganhos do índice esteve ainda a família EDP EDP.LS , tendo a Energias de Portugal subido 0,2 pct e a eólica EDP Renováveis EDPR.LS ganho 1,13 pct. Os CTT CTT.LS somaram 0,44 pct.
** Pela negativa, destaque para a queda de 1,87 pct da retalhista Jerónimo Martins JMT.LS , após um 'downgrade' do Goldman Sachs.
Esta casa de investimento, reviu em baixa a recomendação da Jerónimo Martins para 'Neutral' da 'Lista de Compra' em que estava antes e desceu o preço-alvo em cinco pct para 14 euros, após um corte nas estimativas de lucro por acção, realçando que o 'aperto' das margens e a taxa sobre os retalhistas são riscos. o diário polaco Gazeta Wyborcza reportou hoje que a Biedronka e a rede alemã Lidl iniciaram este mês uma guerra de preços, entregando aos seus clientes vouchers de acordo com o valor das compras efectuadas.
** Pressão adicional da Galp Energia GALP.LS que perdeu 1,33 pct e da Semapa SEM.LS , que hoje apresenta contas, e fechou a cair 1,27 pct.
O Haitong projecta que o lucro da dona da cimenteira Secil tenha contraído 24 pct para 23 milhões de euros (ME) no segundo trimestre de 2016, penalizado por mais depreciações e provisões, pela quebra de resultados da Navigator NVGR.LS e pressão do mercado de cimento em Portugal. As acções do Millennium bcp BCP.LS fecharam estáveis em 0,018 euros, fugindo às valorizações do sector na Europa
YIELD SOBE
No mercado secundário, as 'yields' dos 'Bonds' portugueses a 10 anos estão a negociar nos 3,06 pct, a subirem três pontos base face ao fecho de ontem, acompanhando as subidas das congéneres italiana e espanhola, após um bem sucedido leilão de 'bonds'.
Portugal colocou 1.000 milhões de euros (ME) de Obrigações do Tesouro a cinco e 10 anos, com a taxa do 'benchmark' de longo prazo a cair face ao leilão interior, reflectindo um contido risco soberano, ajudado pelos estímulos do BCE e apesar das dúvidas de algumas agências de notação sobre a trajectória do país. risco português não aumentou face aos últimos leilões. Tem andado estável e, nos últimos quatro meses, temos pago mais ou menos o mesmo nas emissões de longo prazo, apesar das dúvidas das agências de 'rating'", disse Filipe Silva, gestor de dívida do Banco Carregosa, no Porto.
"As taxas têm acompanhado muito a evolução da restante (dívida) europeia e ainda não houve nenhum acontecimento que tenha assustado os investidores", adiantou.
(Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)