LISBOA, 10 Out (Reuters) - A Bolsa de Lisboa .PSI20 fechou a subir 1,15 pct, suportado pela EDP (SA:ENBR3) EDP.LS e a Jerónimo Martins JMT.LS , em linha com as pares europeias, numa sessão em que os juros soberanos tombaram após o ministro das Finanças ter dito que a DBRS lhe comunicou que está "totalmente confortável" com a notação de Portugal.
* Em Lisboa, a EDP ganhou 2,49 pct, recuperando parcialmente das quedas da semana passada, enquanto a Jerónimo Martins JMT.LS avançou 1,91 pct.
* Suporte adicional das outras energéticas do índice, com a EDP Renováveis EDPR.LS a subir 1 pct e a Galp Energia GALP.LS a somar 0,9 pct, num dia em que o barril de Brent LCoc1 valoriza 2,3 pct para 53,11 dólares.
* A cotação dessa matéria-prima tocou em máximos de mais de um ano, com os investidores a apostar numa subida ainda maior do preço da matéria-prima, devido ao acordo de corte de produção pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), com adesão da Rússia.
* Os CTT CTT.LS que avançaram 1,67 pct.
A CFO do Deutsche Post, Melanie Kreis, disse que o operador alemão vai apostar no mercado de expresso e parcelas em Portugal e Espanha no próximo ano. Sentimento misto na banca, com o Millennium bcp BCP.LS a subir 1,3 pct, enquanto o BPI BBPI.LS perdeu 0,09 pct.
* A maior telecom angolana Unitel acordou comprar 2 pct do rentável Banco de Fomento Angola (BFA) ao banco português e assumir o controlo do BFA, permitindo ao BPI cumprir a exigência do Banco Central Europeu (BCE) que reduza a exposição excessiva a Angola. L8N1CF0I5
* O índice pan-europeu Stoxx 600 .STOXX subiu 0,69 pct, impulsionado pelos ganhos mais fortes das petrolíferas e mineiras, graças à subida do preço do petróleo e do cobre.
* A banca recuperou das quedas da abertura e o Deutsche Bank que chegou a cair 3 pct, penalizado por alguma desilusão dos investidores pelo facto de não ter chegado a acordo com as autoridades dos EUA para reduzir a pesada multa que lhe foi aplicada, fechou a subir 3,39 pct.
* A 'yield' das Obrigações do Tesouro de Portugal a 10 anos alivia 15 pontos base para 3,46 pct, recuando de máximos de mais de três meses, com os investidores confiantes que a DBRS manterá a notação de Portugal no crucial 'nível de investimento' na próxima data para potencial revisão, a 21 de Outubro.
** Em entrevista telefónica à Reuters, o Ministro das Finanças de Portugal disse que a agência de 'rating' DBRS lhe comunicou que está "totalmente confortável" com a 'posição orçamental muito forte' de Portugal, após uma reunião que Mário Centeno disse ter corrido bastante bem. (Por Shrikesh Laxmidas; Editado por Sérgio Gonçalves)