Por Yoruk Bahceli e Abhinav Ramnarayan
LONDRES, 6 Mai (Reuters) - A Alemanha fez sua primeira emissão de bônus sindicalizados em meia década nesta quarta-feira, em meio a um aumento dos gastos do governo para sustentar a economia do país durante a crise do coronavírus.
A Alemanha levantou 7,5 bilhões de euros (8,1 bilhões de dólares) com um bônus sindicalizado de 15 anos, em que o tomador de empréstimo nomeia bancos para venderem dívida diretamente aos investidores.
Dados econômicos negativos divulgados nesta quarta-feira destacaram a necessidade de financiamento extra, enquanto os títulos em circulação da Alemanha tiveram seu pior pregão em um mês.
Foi a primeira vez que o país vendeu um bônus convencional por meio de um consórcio, de acordo com uma porta-voz da agência financeira alemã, demonstrando como os emissores estão tendo que se desdobrar para levantar financiamento a programas de estímulo para combater o impacto econômico da pandemia de coronavírus.
Normalmente, a Alemanha vende dívida apenas em leilões fechados. Mas anunciou novas emissões sindicalizadas no início deste ano depois que o governo disse que aumentaria os gastos para tentar sustentar a economia em meio a uma recessão potencialmente profunda.
Bônus sindicalizados anteriores eram para títulos vinculados à inflação ou a dólares dos EUA, disse a porta-voz.
O título atraiu uma demanda de mais de 35,5 bilhões de euros, a maior de todos os tempos para sindicalizados alemães, disse a porta-voz.
Analistas disseram que o país foi capaz de precificar o título pagando pouco ou nenhum prêmio, em contraste com outros Estados da zona do euro, como Itália e Espanha, que ofereceram robustas concessões para atrair investidores para suas necessidades crescentes de financiamento.