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Banco Portugal diz Lone Star favorita compra Novo Banco, mas negociações continuam

Publicado 05.01.2017, 00:13
Atualizado 05.01.2017, 00:20
Banco Portugal diz Lone Star favorita compra Novo Banco, mas negociações continuam
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LISBOA, 5 Jan (Reuters) - A Lone Star, 'private equity' dos EUA, é a melhor posicionada para vencer a corrida à compra do Novo Banco e vai entrar em negociações aprofundadas, apesar do processo negocial prosseguir com os outros candidatos que se mostraram disponíveis para melhorar ofertas, anunciou o Banco de Portugal.

"O Banco de Portugal, no cumprimento do seu mandato relativamente ao processo de venda do Novo Banco, concluiu com base nos elementos disponíveis nesta data que o potencial investidor Lone Star é a entidade mais bem colocada para finalizar com sucesso o processo negocial tendente à aquisição das ações do Novo Banco e decidiu convidá-lo para um aprofundamento das negociações", adiantou em comunicado.

Portugal está numa corrida contra o tempo para vender o 'good bank' que nasceu dos escombros do Banco Espírito Santo (BES), 'resolvido' em 2014, pois Bruxelas fixou Agosto como prazo limite para a venda.

"A estabilidade do sistema financeiro e o reforço da confiança no futuro do Novo Banco são objetivos do processo de venda que o Banco de Portugal está a conduzir", referiu o Banco de Portugal.

Acrescentou que: "no momento atual da negociação, a proposta do potencial investidor Lone Star é a que mais assegura estes objetivos mas apresenta condicionantes, nomeadamente um potencial impacto nas contas públicas, que se procurarão minimizar ou remover no aprofundamento das negociações que agora se inicia".

"Esta nova fase de negociações com o potencial investidor Lone Star não exclui a melhoria das propostas dos restantes potenciais investidores que entregaram propostas no âmbito dos dois procedimentos de venda - Procedimento de Venda Estratégica e Procedimento de Venda em Mercado - e que já mostraram disponibilidade para o fazer".

O banco central não identificou os candidatos, mas, no início de Dezembro, fontes disseram à Reuters que os três concorrentes que estavam mais avançados, ou à frente, na corrida eram o chinês Minsheng, a Apollo/Centerbridge e a Lone Star. Contudo, formalmente o BPI BBPI.LS e o Millennium bcp BCP.LS não estavam fora da corrida, apesar de não terem mostrado tanto interesse. Ministro das Finanças disse, numa entrevista publicada hoje, que a iminente recomendação do Banco de Portugal sobre o candidato preferencial à compra do Novo Banco seria "importante", mas não ditaria a conclusão do processo. Mário Centeno avisou que o Governo não dará quaisquer garantias de Estado para ajudar a venda. 'private equity' Lone Star é um fundo norte-americano que, desde que estabeleceu o primeiro fundo pela mão de John Grayken em 1995, organizou 17 fundos 'private equity' com compromissos agregados de capital superiores a 70.000 milhões de dólares.

Os fundos da Lone Star são fechados a parceiros como fundos de pensões empresariais e públicos, fundos soberanos, 'university endowments', fundações, fundos de fundos e indivíduos de elevado património.

Esta 'private equity' tem como foco investimentos em imobiliário, acções, crédito e outros activos financeiros, tendo já fechado cerca de 470 investimentos a um preço agregado de compra de mais de 180.000 milhões de dólares, incluindo o financiamento de aquisições e co-investimentos.

O Governo tem frisado o papel central do Novo Banco no sistema bancário português por causa da forte presença no financiamento às pequenas e médias empresas, referindo que futuras decisões têm que ter esta importância em conta.

No âmbito da resolução do BES, o capital do Novo Banco foi injectado com 4.900 milhões de euros (ME), tendo o Tesouro concedido um empréstimo de 3.900 ME ao Fundo de Resolução.

No terceiro trimestre de 2016, o Novo Banco teve o primeiro lucro trimestral desde a sua criação em Agosto de 2014, com um resultado positivo de 3,7 ME. Ministro das Finanças, questionado sobre a eventual possibilidade de integrar o Novo Banco na esfera pública se as propostas ficassem aquém do esperado, referiu que "nada está fora de questão quando se trata de garantir a estabilidade do sistema financeiro". (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)

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