Investing.com – As praças de referência do velho continente regressaram aos ganhos, na véspera da reunião mensal sobre política monetária do Banco Central Europeu.
O desempenho externo estendeu-se às negociações no mercado nacional, que acabou igualmente por recuperar das perdas do início da jornada.
Na primeira reação aos números hoje divulgados pelo Eurostat, os principais índices de ações europeus mantinham-se no “vermelho”, com os investidores atentos à questão Síria. Acabaram depois por beneficiar com esses dados.
De acordo com o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, o PIB dos países da moeda única subiu 0,3% no segundo trimestre do ano. No conjunto da União Europeia, entre abril e junho, registou-se um aumento de 0,4%. Portugal foi no segundo trimestre do ano corrente o país onde o Produto Interno Bruto mais cresceu, 1,1%.
Por outro lado, as vendas a retalho aumentaram 0,1% em julho na Zona Euro e 0,2% na UE. Portugal manteve-se em terreno positivo, mas com uma quebra para os 0,6% em julho face aos 1,3% do mês anterior.
Esta quarta-feira ficou ainda a saber-se que o índice PMI sobre a atividade nos serviços melhorou para máximos de dois anos em agosto.
Neste contexto, o PSI20 avançou 0,21% para os 5.900,26 pontos com 12 cotadas em alta, sete em baixa e uma inalterada. O setor das telecomunicações puxou pela praça lisboeta, com as ações da Sonaecom a fecharem a valer 1,93 euros resultado de uma valorização de 4,49%. Zon Multimédia e Portugal Telecom somaram 1,67% e 0,58% para cotar nos 4,270 euros e 2,932 euros respetivamente.
BCP e BES também impulsionaram os ganhos na banca. As ações da primeira cotada avançaram 1,03% para os 0,098 euros enquanto as da segunda apreciaram 0,62% para os 0,816 euros. O BPI e o ESFG contrariam a tendência a regredir 1,18% e 0,23% para os 0,921 euros e 5,238 euros respetivamente. Os títulos do Banif fecharam novamente estáveis nos 0,011 euros.
As ações da Mota-Engil dispararam 5,27% para 2,855 euros. Do lado das perdas, destaque para o peso pesado Jerónimo Martins. A dona dos supermercados Pingo Doce terminou a sessão com as ações a valerem 14,785 euros, depois de uma queda de 1,2%.
No setor energético, a jornada também foi de perdas com a subsidiária EDP Renováveis a desvalorizar 0,03% para os 3,832 euros e a casa mãe a ceder 0,41% para cotar nos 2,687 euros por ação. Só a Galp fechou no “verde.” Os títulos da petrolífera somaram 0,46% para os 13,005 euros.
Lá fora, o tombo de 14% da companhia aérea “low cost” Ryanair acabou por perder alguma importância ao contrário do que acontecia ao início da sessão.
O índice Eurostoxx 50 avançou para os 2.758,29 pontos, com uma subida de 0,18%. O IBEX madrileno avançou 0,53%. Já as praças de Paris e Frankfurt apreciaram 0,16% e 0,19%. O FTSE londrino valorizou 0,10% à semelhança de Atenas. A instabilidade política voltou a pressionar a bolsa de Milão e o MIB recuou 1,35%.
Wall Street arrancou a negociar sem tendência definida, mas estava depois em alta com o índice industrial Dow Jones a avançar 0,74% e o tecnológico Nasdaq 1,12%. O S&P 500 somava 0,89%.
Os investidores norte-americanos aguardam a divulgação do Livro Bege por parte da Reserva Federal, que poderá dar alguns sinais sobre a evolução do programa de compra de ativos por parte da Fed. Mais aguardada ainda é a votação, por parte de um comité do Senado, da proposta de uma ofensiva militar sobre a Síria. A autorização, limitada a um período de 90 dias, não autoriza o envio de forças militares para o terreno.