Investing.com - Numa sessão marcada pela forte volatilidade, a tendência altista acabou por se impor na bolsa de Lisboa. Por cá, o PSI20 brilhou liderando os ganhos no velho continente com um avanço de 0,98% para os 6.245,04 pontos. Das cotadas, três encerraram em baixa, 16 em alta e uma inalterada.
Os títulos da Portugal Telecom foram os que mais se destacaram fechando a sessão a negociar nos 3,651 euros, com uma subida de 4,02%. As restantes congéneres do setor acompanharam o desempenho. Zon Optimus e Sonaecom somaram 2,23% e 2,53% para 4,91 euros e 2,268 euros respetivamente.
A impulsionar os ganhos esteve também o setor energético, com os papéis da EDP a apreciarem 1,17% para 2,51 euros e os da subsidiária EDP Renováveis a valorizarem 2,37% para 3,933 euros. As ações da GALP valorizaram 0,72% para 12,55 euros. De acordo com dados hoje divulgados pela empresa, o volume de crude processado teve uma subida homóloga de 4,8% no terceiro trimestre de 2013. As vendas de produtos petrolíferos refinados a clientes diretos, por outro lado, aumentaram 3,4%.
O peso pesado Jerónimo Martins foi outro dos performers em destaque, avançando 1,17% para 14,29 euros. Mota-Engil e Altri ganharam 1,88% e 2,23% para 3,423 euros e 2,11 euros respetivamente.
O setor da banca, em zona mista, travou maiores ganhos. Não só por causa do tombo de 4,07% para 1,038 euros dos títulos do Banco Espírito Santo, mas também pelo recuo de 1,55% para 1,038 euros do BPI. As ações do ESFG também encerram a primeira sessão da semana com sinal “vermelho”, a ceder 0,19% para 5,21 euros. Só os títulos do BCP fecharam com uma alta de 3,81% para 0,109 euros. O BANIF manteve-se inalterado nos 0,011 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50 corrigiu a trajetória descendente do início da jornada. Fechou em terreno positivo, a avançar 0,11% para 2.977,69 pontos. Isto no dia em que se conheceram números relativos à produção industrial na zona euro e na União Europeia.
Com uma subida de 8,2%, Portugal foi o Estado-membro da UE em que o indicador da produção industrial mais cresceu em agosto. Em relação ao período homólogo, de acordo com o Eurostat, registou-se uma recuperação de 0,4%. Na zona euro, também em agosto, a produção industrial cresceu 1.0% enquanto no conjunto dos países da União Europeia o aumento foi de 0,5%. Em relação a igual período do ano passado registou-se uma queda de 2,1% na zona euro e de 1,6% na UE.
No velho continente, o IBEX acompanhou o desempenho de Lisboa, avançando 0,28%. O MIB italiano somou 0,19% e o FTSE londrino 0,32%. Mais tímida foi a subida de 0,07% do CAC francês. O DAX alemão fechou a sessão ligeiramente abaixo da linha de água, a regredir 0,01%.
As bolsas europeias foram pressionadas não só pela queda inesperada das exportações chinesas, mas também pelo impasse que persiste nos Estados Unidos. Democratas e Republicanos continuam sem chegar a um entendimento quanto ao aumento do teto da dívida, que impeça um cenário de incumprimento já no próximo dia 17, quinta-feira, e que ponha termo à paralisação governamental. Por causa do “shutdown”, que ditou o encerramento de vários serviços, a divulgação de dados económicos está limitada.
Wall Street acordou em terreno negativo e mantinha-se em zona mista com o índice industrial Dow Jones a regredir 0,18% e o tecnológico Nasdaq a somar 0,07%. O S&P500 recuava 0,09%.