Investing.com - A bolsa de Lisboa encerrou a terceira sessão da semana em terreno positivo, destacando-se com um dos melhores desempenhos entre as praças europeias de referência.
O PSI20 manteve-se acima da barreira psicológica dos seis mil pontos. O índice principal da praça lisboeta avançou 0,82% para 6.039,73 pontos, com 16 cotadas em alta, duas em baixa e duas inalteradas.
A Jerónimo Martins esteve a brilhar ao longo de toda a sessão e encerrou a jornada com um avanço de 3,5% para 15,68 euros. Uma das notícias que marcou a jornada foi o anúncio de que Alexandre Soares dos Santos vai deixar a presidência do grupo proprietário dos supermercados Pingo Doce, com efeito prático a 1 de novembro. Uma decisão justificada com a necessidade de "desacelerar o ritmo”.
A liderar os ganhos esteve, no entanto, a Cofina. A cotada somou 16,56% para cotar nos 0,528 euros. Em alta fechou também o setor energético com a Galp a ocupar a primeira posição do pódio com uma valorização de 1,18% para 12,455 euros. EDP e EDP Renováveis somaram 0,44% e 0,96% para 2,72 euros e 3,887 euros respetivamente.
O setor das telecomunicações fechou em zona mista, castigado pela queda de 1,18% para 3,36 euros da Portugal Telecom. Sonaecom e Zon Optimus avançaram 0,19% e 1,27% para 2,093 euros e 4,395 euros respetivamente.
A tendência foi visível também entre as cotadas do setor financeiro, onde os papéis do BCP recuaram 1,04% para 0,095 euros. Do lado dos ganhos, ainda que tímidos, o BES valorizou 0,12% para 0,82 euros enquanto o BPI somou 0,11% para cotar nos 0,948 euros por ação. Sem variação terminaram o ESFG, nos 5,2 euros, e o Banif, nos 0,01 euros.
O bom desempenho do mercado nacional acontece no dia em que se ficou a saber que a agência de notação financeira Fitch mantém o "rating" da dívida soberana de Portugal em '"BB+'", mas com outlook negativo, justificando a perspetiva com a incerteza política, o deslizamento das receitas fiscais e um crescimento económico aquém das expectativas.
No velho continente, o índice Eurostoxx 50 fechou nos 2.927,35 pontos com um ganho de 0,15%. O IBEX madrileno avançou iguais 0,82% de Lisboa.
O MIB italiano apreciou 0,14%. O Instituto Nacional de Estatísticas do país anunciou que a confiança dos consumidores atingiu o nível nível mais alto desde há dois anos. Em setembro subiu para os 101,1 pontos depois dos 98,4 pontos de agosto. Os números superaram as previsões dos economistas.
Na Alemanha, o DAX conseguiu encerrar acima da linha de água, nos 0,01%. Também esta quarta-feira se ficou a saber que a confiança dos consumidores alemães registou o valor mensal mais elevado dos últimos seis anos, de acordo com os dados do GfK Consumer Climate.
O FTSE londrino e o CAC francês determinaram o comportamento misto das praças europeias de referência com quedas de 0,30% e de 0,01%.
Do lado de lá do Atlântico, os receios sobre a falta de entendimento em torno do orçamento federal determinavam o desempenho das bolsas, no dia em que o Congresso inicia o debate sobre esta matéria. Paralelamente persiste a incerteza face ao calendário da retirada de estímulos por parte da Reserva Federal determinavam o desempenho das bolsas. Com o avanço da sessão, o índice industrial Dow Jones somava 0,05% e o tecnológico Nasdaq 0,15%. O S&P500 avançava iguais 0,15%.
Antes do arranque da jornada em Wall Street soube-se que os pedidos de bens de equipamento aumentaram 1,5% em agosto. Os economistas esperavam uma subida de 2%.