Investing.com - A bolsa de Lisboa não conseguiu corrigir as perdas instaladas na sessão desta terça-feira e terminou a jornada em contraciclo com as congéneres europeias.
No velho continente, a tendência foi de alta entre as praças de referência, no dia que o Instituto IFO anunciou que o Índice de Confiança Empresarial na Alemanha subiu para 107,7 pontos em setembro depois dos 107,6 pontos registados no mês de agosto. Um sinal de recuperação na Zona Euro, numa altura em que Angela Merkel mantém as negociações para formar Governo. Nas eleições de domingo o partido da chanceler obteve o melhor resultado desde a reunificação alemã, mas não conseguiu a maioria absoluta.
No mercado nacional, o PSI20 acabou por ceder 0,11% para os 5.990,85 pontos, com nove cotadas em alta, nove em baixa e duas inalteradas. Os receios de que Portugal venha a necessitar de um novo resgate parecem ter determinado parte do comportamento dos investidores, numa altura em que decorre a avaliação da “troika”.
O secretário-geral da OCDE, Pier Carlo Padoan, disse hoje que “não pode haver espaço para complacência” em Portugal e que as reformas em curso “estão a produzir frutos.”
A Galp Energia destacou-se negativamente com uma queda de 1,05% para 12,31 euros. As perdas da petrolífera anularam os ganhos de 0,52% para 2,708 euros da EDP. As ações da subsidiária EDP Renováveis fecharam nos 3,85 euros, a regredir 0,52%.
Também a castigar o mercado nacional esteve o BPI a escorregar 1,25% para cotar nos 0,947 euros. O BANIF acompanhou o desempenho e regrediu 9,09% para 0,01 euros. Hoje ficou a saber-se que o banco prevê vender a operação no Brasil até ao final de 2013 e arrancar com mais uma fase do processo de capitalização na semana que vem. No remanescente do setor bancário, com sinal “verde”, terminaram o BES e o ESFG. As cotadas avançaram 0,12% e 0,02% para 0,819 euros e 5,2 euros respetivamente. Os papéis do BCP mantiveram-se inalterados nos 0,096 euros.
Entre as telecoms, na Europa, a tendência foi de alta, no dia em que se soube que a espanhola Telefónica elevou a participação na holding que controla a Telecom Italia para 66%. Cá dentro, a Portugal Telecom depreciou 0,38 para 3,4 euros e a Zon Optimus 0,5% para 4,34 euros. Ainda no setor das telecomunicações, só a Sonaecom escapou ao contágio, acabando por avançar 0,05% para 2,089 euros.
O universo Sonae impediu maiores perdas em Lisboa. A casa mãe somou 1,43% para 0,922 euros e a Sonae Indústria 0,73% para 0,549 euros. Do lado dos ganhos destaque ainda para o peso pesado Jerónimo Martins e a Mota-Engil, que subiram 0,23% e 0,07% para os 15,15 euros e 2,865 euros respetivamente.
No velho continente, o índice Eurostoxx 50 fechou nos 2.922,93 pontos, a apreciar 0,57%. Itália destacou-se com ganhos de 0,85%. Madrid somou 0,64% e França 0,56%. Frankfurt e Londres valorizaram 0,34% e 0,21% respetivamente.
Do lado de lá do Atlântico, Wall Street reagiu mal à notícia de que a confiança dos consumidores caiu em setembro. O índice de confiança do Conference Board registou uma queda para 79,7 pontos depois dos 81,8 pontos de agosto. Mais tarde as bolsas norte-americanas corrigiam a tendência com o índice industrial Dow Jones a subir 0,13% e o tecnológico Nasdaq 0,31%. O S&P 500 somava 0,11%.
Hoje ficou também a saber-se que o índice S&P/Case-Shiller sobre os preços das habitações em 20 cidades norte-americanas subiu 12,4% nos últimos 12 meses até julho, em linha com o esperado pelos analistas.