Investing.com - A caminho da última sessão da semana a bolsa de Lisboa arrancou esta quinta-feira em alta, a prolongar os ganhos da jornada anterior. Na Europa, as principais praças pareciam querer recuperar, ainda que timidamente, o terreno perdido na véspera.
Por cá o PSI20 mantinha-se acima da barreira psicológica dos seis mil pontos. O principal índice da praça lisboeta avançava 0,20% para 6.050,66 pontos, com dez cotadas em alta, sete em baixa e três inalteradas.
A Portugal Telecom, que brilhou ontem na bolsa com o anúncio da fusão com a brasileira Oi, chegou esta manhã a perder terreno para inverter instantes mais tarde o rumo. Valorizava 0,66% para 3,645 euros. As restantes cotadas do setor das telecomunicações acompanhavam a tendência. Zon Optimus e Sonaecom somavam 0,77% e 0,05% para 4,712 euros e 2,107 euros respetivamente.
Em destaque pela positiva estava também o BES. As ações do banco liderado por Ricardo Salgado avançavam 1,31% para cotar nos 0,851 euros. O BPI acompanhava a tendência, com os títulos a negociarem nos 0,96 euros resultado de uma valorização de 0,73%. Em alta seguia ainda o ESFG, a somar 0,38% para 5,22 euros. Sem variação, os papéis do BCP mantinham-se nos 0,096 euros e os do BANIF nos 0,01 euros.
A corrigir o desempenho da sessão de ontem estava o peso pesado Jerónimo Martins. As ações do grupo proprietário dos supermercados Pingo Doce negociavam nos 14,355 euros com uma subida de 0,35%.
No setor energético, era a Galp que impedia maiores ganhos, a regredir 0,32% para 12,46 euros. EDP e a subsidiária EDP Renováveis valorizavam 0,37% e 0,03% para 2,71 euros e 3,846 euros respetivamente.
A impedir maiores ganhos no mercado nacional seguiam, entre outras, Mota-Engil com um recuo de 1,01% para 3,136 euros e a Sonae Indústria, a ceder 0,72% para 0,552 euros. Esta era, de resto, a única cotada do universo Sonae no "vermelho."
No velho continente, o índice Eurostoxx 50 corrigia a tendência negativa de véspera e avançava ligeiramente 0,05% para 2,919,83 pontos. O dia é de divulgação de dados económicos referentes às vendas a retalho na zona euro. Em Espanha e Itália aguardam-se números relativos à atividade no setor dos serviços.
O IBEX madrileno valorizava 0,12%, mas mais expressiva era a subida do MIB italiano para 0,51%. O mercado italiano aliviava da pressão registada nos últimos dias, depois de Berlusconi ter afastado uma queda do frágil Governo de Enrico Letta. Ontem, dia em que o Parlamento votava uma moção de confiança ao executivo, Letta alertou que o país corre "um risco fatal e irremediável" se o Governo cair e insistiu para que as decisões da justiça sejam "aplicadas", numa alusão aos processos judiciais de Silvio Berlusconi.
A animar as praças europeias está ainda a subida do índice PMI dos serviços chineses para máximos de seis meses. Em Londres, o FTSE avançava 0,37%. Já o CAC francês cedia 0,06%. Na Alemanha é dia de feriado assinalando-se a reunificação.
Do lado de lá do Atlântico, aguarda-se hoje a divulgação de dados sobre os pedidos iniciais de subsídio de desemprego e encomendas à indústria, numa altura em que persiste o "shutdown."
Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convocou os quatros líderes do Congresso para uma reunião na Casa Branca de forma a tentar desbloquear o impasse político que originou a paralisação governamental. O encontro terminou sem conclusões e com troca de acusações entre os elementos do Partido Democrata e do Partido Republicano.