Investing.com – A bolsa de Lisboa terminou a semana em alta, alinhada com as praças de referência do velho continente. Os investidores aguardavam com expectativa a divulgação de dados sobre o mercado laboral dos Estados Unidos.
Esta sexta-feira, o Departamento do Trabalho norte-americano anunciou que em agosto se criaram 169 mil novos postos de trabalho, abaixo das previsões dos economistas. Também em agosto, a taxa de desemprego nos EUA baixou para 7,3%, menos um ponto percentual do que o mês anterior.
Perante este cenário mantém-se a expectativa de que a Reserva Federal adie a diminuição dos estímulos económicos. O PSI20 avançou 0,47% para os 5.978,09 pontos, com 13 cotadas em alta, cinco em baixa e duas inalteradas.
Esta sexta-feira ficou a saber-se que as exportações portuguesas subiram 5,5% em julho em termos homólogos e 9,6% em relação ao mês anterior. Por outro lado, o Instituto Nacional de Estatística confirmou que no segundo trimestre do ano a economia cresceu 1,1% em relação ao trimestre anterior.
Por cá, a contribuir para os ganhos esteve o peso pesado Jerónimo Martins a avançar 0,79% para 15,27 euros. A acompanhar o desempenho da dona dos supermercados Pingo Doce esteve a subsidiária EDP Renováveis que somou 0,94% para os 3,876 euros. Já os títulos da casa mãe fecharam a valer 2,705 euros apreciando 0,56%. Ontem, a empresa liderada por António Mexia emitiu 750 milhões de euros em obrigações, garantindo que parte das necessidades de financiamento para 2015 está assegurada. Ainda no setor energético, as ações da petrolífera Galp apreciaram 0,64% para os 13,35 euros.
BPI e BCP foram outros dos títulos em destaque pela positiva, no setor financeiro. Valorizaram 1,2% e 1,04% para os 0,924 euros e 0,097 euros respetivamente. As ações do ESFG fecharam a valer 5,255 euros, com uma subida de 0,29%. Os papéis do Banif mantiveram-se inalterados nos 0,011 euros à semelhança do BES nos 0,801 euros.
No setor das telecomunicações, só a Portugal Telecom avançou, 0,88%, para os 3,098 euros. Sonaecom e Zon Multimédia regrediram 0,67% e 1,28% para cotar nos 1,919 euros e 4,236 euros respetivamente.
A impedir maiores ganhos na praça lisboeta esteve ainda a Mota-Engil. Liderou as perdas com uma queda de 3,28% para 2,832 euros. Foi acompanhada pela Portucel, a ceder 0,11% para 2,646 euros, e pela REN, a cair 0,14% para 2,196 euros.
Lá fora, as praças europeias de referência recuperaram o fôlego, depois da pressão exercida pelas palavras do presidente russo à margem da cimeira do G20. As declarações chegaram a anular o efeito positivo do relatório sobre o emprego nos EUA e os mercados passaram imediatamente a negociar no “vermelho”, tanto no velho continente como do lado de lá do Atlântico.
Vladimir Putin afirmou que apoiará a Síria em caso de um ataque por parte dos EUA. Putin disse inclusivamente que já esta a apoiar a Síria “com armas e a colaborar nas esferas económica e humanitária.” Na véspera da reunião admitiu que poderão ser entregues 300 mísseis antiaéreos para ajudar a Síria.
A resposta de Barack Obama não se fez tardar. O presidente dos Estados Unidos anunciou que na próxima terça-feira fará uma declaração ao país sobre a Síria a partir da Casa Branca.
A Europa recuperou o fôlego e oscilou entre os ganhos de 1,23% do Ibex madrileno e de 0,23% do FTSE londrino. O DAX alemão avançou 0,49% e o CAC francês 1,06%. O MIB italiano somou 1,21%.
O índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da zona euro, apreciou 1,05% para os 2.803,42 pontos.
Wall Street negociava no “verde” com o índice industrial Dow Jones a valorizar 0,25% e o tecnológico Nasdaq 0,37%. O S&P500 somava 0,32%.