Investing.com - A bolsa de Lisboa regressou às perdas, ainda que ligeiras, num início de sessão sem tendência definida para as praças europeias de referência.
Os investidores continuam a digerir a decisão de Barack Obama de adiar uma ofensiva militar contra a Síria, pelo alegado uso de armas químicas por parte do regime de Damasco.
Em Lisboa, o PSI20 abriu a cair 0,12%, mas mantinha-se acima da barreira dos seis mil pontos. Isto depois de ontem ter encerrado num máximo de quatro semanas.
À medida que a sessão avançava o principal índice do mercado nacional mantinha-se abaixo da linha de água cedendo 0,01% para os 6.031,45 pontos, com nove cotadas em alta, nove em baixa e duas inalterada.
Os títulos do BCP eram os que mais pressionavam a praça nacional ao início da jornada mas estavam depois a negociar inalterados nos 0,099 euros. As pressões, no setor da banca, faziam-se sentir por parte do BPI e do ESFG, com quedas de 0,21% e 0,1% para os 0,935 euros e 5,25 euros respetivamente. Só o BES contrariava a tendência com uma subida de 0,59% para 0,85 euros. Os papéis do BANIF mantinham-se uma vez mais estáveis nos 0,011 euros.
A castigar Lisboa estava também o setor das telecomunicações. A Sonaecom liderava as perdas, com uma desvalorização de 0,78% para 1,906 euros, enquanto a Portugal Telecom escorregava 0,32% para cotar nos 3,134 euros. A acompanhar o desempenho das congéneres a Zon Optimus perdia 0,19% para os 4,251 euros.
O peso pesado Jerónimo Martins seguia igualmente no "vermelho", com as ações a valerem 15,28 euros, resultado de uma queda de 0,36%. A acompanhar, a Cofina e a Semapa regrediam 0,88% e 0,5% para os 0,45 euros e 6,928 euros respetivamente.
No setor energético, era a subsidiária EDP Renováveis quem pressionava as negociações. Cedia 0,51% com as ações a valerem 3,934 euros. Em contra ciclo a EDP somava 0,59% para 2,726 euros e a petrolífera GALP subia 0,57% para 13,2 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50 registava uma queda ligeira de 0,01%, nos 2.851,05 pontos. A par do conflito sírio as atenções dos investidores estão esta quarta-feira voltadas as emissões de dívida em Itália e na Alemanha.
O Tesouro italiano vai leiloar 11.500 milhões de euros em títulos a três e 12 meses e o Tesouro alemão vai tentar colocar uma emissão de até 5 mil milhões de euros de títulos a dez anos.
Neste contexto, o MIB italiano valorizava 0,47% e o DAX alemão 0,24%. Também em terreno positivo, o IBEX madrileno apreciava 0,10%. Em contra ciclo o CAC francês recuava 0,31% e o FTSE londrino 0,09%.