Investing.com - A bolsa de Lisboa arrancou a última sessão da semana em terreno positivo, mas inverteu pouco depois o rumo, numa Europa sem tendência definida.
Por cá o PSI20 recuava 0,12% para os 5.987,56 pontos, com 13 cotadas em alta, seis em baixa e uma inalterada. Isto no rescaldo do anúncio feito pelo Governo de que a "troika" deu nota positiva no âmbito da oitava e nona avaliações. No ano que vem a austeridade é para manter e a meta do défice para 2014 continua nos 4%.
A pressionar as negociações no mercado lisboeta destacava-se, esta manhã, a EDP. As ações da elétrica recuavam 1,19% para 2,658 euros, mas eram caso único no setor energético. A subsidiária EDP Renováveis somava 0,21% para 3,797 euros enquanto a petrolífera Galp avançava 0,65% para 12,355 euros.
A tendência mista era igualmente visível no setor financeiro, com o BES e o ESFG a avançarem 0,24% e 0,29% para 0,845 euros e 5,22 euros respetivamente. As ações do BPI regrediam 0,21% para cotar nos 0,957 euros e os títulos do BANIF 9,09% para 0,01 euros. Sem variação, nos 0,095 euros, mantinham-se os papéis do BCP.
A Portugal Telecom, que anunciou esta semana a fusão com a brasileira Oi, avançava timidamente 0,03% para 3,485 euros. Zon Optimus e Sonaecom também apreciavam 1,71% e 0,7% para 4,762 euros e 2,164 euros respetivamente.
A impedir maiores ganhos no mercado nacional seguiam o peso pesado Jerónimo Martins, a escorregar 0,45% para 14,375 euros, e a Mota-Engil a regredir 0,45% para 14,375 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50 corrigia as perdas da véspera e avançava 0,11% para 2.905,31 pontos. Os investidores continuam atentos aos desenvolvimentos do lado de lá do Atlântico. O "shutdown" permanece nos Estados Unidos, pelo quarto dia consecutivo, e não há um entendimento quanto ao aumento do limite da dívida. O cenário de incumprimento ganha por isso consistência.
No velho continente, o DAX alemão e o FTSE londrino recuavam iguais 0,20%. O IBEX madrileno cedia 0,11%. Em contra ciclo o CAC francês avançava 0,11 e o MIB italiano 0,50%. Itália respira alguma tranquilidade com a sobrevivência do executivo. A moção de confiança ao Governo de coligação liderado por Enrico Letta foi aprovada, esta quarta-feira, no parlamento, com 235 votos a favor e 70 contra. Pouco tempo antes da votação, Sílvio Berlusconi, principal responsável pela crise dos últimos dias, recuou nos intentos de fazer cair o executivo e votou a favor da moção.
Para hoje aguarda-se a divulgação dos números do Eurostat relativos aos preços da produção industrial na UE em agosto.