Investing.com - A bolsa de Lisboa arrancou a semana em terreno negativo, alinhada com as congéneres europeias, a reagir à vitória de Angela Merkel nas eleições legislativas deste domingo.
De acordo com os resultados provisórios, os democratas-cristãos de Merkel foram o partido mais votado no escrutínio, com 41,5% dos votos, ficando muito próximo da maioria absoluta. Parceiro de coligação da chanceler, o FDP não conseguiu passar a barreira dos 5% e ficará de fora do Parlamento. O cenário de uma coligação com os sociais-democratas, que conseguiram 25,7% dos votos, parece agora o caminho mais certo. Ontem, a popularidade de Merkel saiu reforçada até porque a CDU conseguiu o melhor resultado desde a reunificação.
Neste contexto, o PSI20 mantinha-se acima da barreira psicológica dos seis mil pontos. O índice principal da praça lisboeta cedia 0,48% para 6.015,62 pontos, com apenas três cotadas em alta e 17 em baixa.
A exercer pressão estavam os pesos pesados. As ações da Jerónimo Martins recuavam 0,69% para os 15,12 euros enquanto a EDP cedia 0,63% para 2,696 euros. A subsidiária EDP Renováveis também regredia, 1,03% para 3,846 euros, enquanto a petrolífera Galp depreciava 0,36% para 12,5 euros.
Na banca, as perdas também dominavam com o BCP a tombar 2,04% para 0,096 euros e o BPI 0,42% para 0,946 euros. Os papéis do BES regrediam 0,24% para 0,826 euros e os dos ESFG 0,77% para 5,18 euros. Só o BANIF valorizava 10% nos 0,011 euros.
O setor das telecomunicações mantinha-se em zona mista, com a Portugal Telecom a impedir maiores perdas. Os títulos da operadora avançavam 0,58% para 3,439 euros, enquanto as ações da Sonaecom recuavam 0,86% para 2,083 euros. A acompanhar a tendência a Zon Optimus recuava 0,75% para 4,346 euros.
Das cotadas no “verde”, a Ren completava o pódio, somando 0,23% para 2,195 euros.
No mercado da dívida nacional, a refletir o “efeito Merkel”, os juros soberanos desciam em todos os prazos, mas a dez anos continuavam acima dos 7%.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da Zona Euro, inverteu o rumo do início da sessão e mantinha-se acima da linha de água com um ganho ligeiro de 0,01% para 2.927,35 pontos. O mesmo aconteceu com o CAC francês e o DAX alemão. Inverteram a tendência das primeiras horas de negociação e valorizavam 0,12% e 0,05% respetivamente. Esta segunda-feira as atenções dos investidores estão também concentradas nos dados do PMI da Zona Euro, que deverão indicar uma recuperação da economia local.
O MIB italiano subia 0,22% e o IBEX madrileno 0,10%. O FTSE continuava em zona de perdas, a ceder 0,06%.