Bolsa de Lisboa em queda pela quarta sessão consecutiva

Investing.com - Apesar do falhanço das negociações no Congresso dos Estados Unidos, um cenário já aguardado pelos investidores, grande parte das bolsas europeias está hoje a registar ganhos, ainda que ligeiros. Em Lisboa, a tendência era de perdas.

A Câmara dos Representantes e o Senado não chegaram a um entendimento quanto ao Orçamento de emergência do novo ano fiscal, que entra hoje em vigor. O Governo dos E.U.A vive agora a primeira paralisação parcial do em 17 anos.

O impasse persiste e receia-se também que a falta de acordo quanto ao aumento do teto legal da dívida pública empurre o país para um cenário de "default" a partir de 17 de outubro.

Cá dentro, o PSI20 arrancou a sessão no "vermelho" e assim se mantinha, nos 5.939,39 pontos, a ceder 0,24%, com seis cotadas em alta, dez em baixa e quatro inalteradas.

Os títulos da Jerónimo Martins eram esta manhã os que mais condicionavam as negociações, com um tombo de 2,11% para os 14,86 euros.

A elétrica EDP contribuía igualmente para as perdas, a regredir 0,74% para 2,68 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis deslizava 0,47% para 3,823 euros. Ainda no setor energético, a petrolífera Galp cedia 0,16% para cotar nos 12,275 euros.

No setor das telecomunicações a tendência era mista, com a Portugal Telecom a somar 0,78% para 3,357 euros e a Zon Optimus 0,86% para 4,438 euros. A Sonaecom era a única em queda, a recuar 0,19% para 2,05 euros.

BES e BPI impulsionavam os ganhos da banca com subidas de 1,65% e 0,32% para os 0,8 euros e 0,931 euros respetivamente. No remanescente do setor, o BCP seguia sem variação nos 0,096 euros. Inalterados estavam também o ESFG, nos 5,2 euros e o BANIF, nos 0,01 euros.

No velho continente, o índice Eurostoxx 50 corrigia as perdas da véspera e avançava 0,63% para 2.911,25 pontos, com os investidores a refletirem a espera por uma reação de Wall Street face ao encerramento dos serviços públicos.

O IBEX madrileno recuperava esta terça-feira terreno com um ganho de 0,75%. Em Itália, o MIB, que tem estado sob pressão com a instabilidade política que reina no país e o fantasma da queda do Governo, avançava 0,73%. Esta quarta-feira o primeiro-ministro Enrico Letta pede um voto de confiança no Parlamento. O CAC francês valorizava iguais 0,73%.

O DAX alemão avançava 0,60% enquanto o FTSE londrino se mantinha ligeiramente abaixo da linha de água, a ceder 0,01%.

Esta terça-feira, o Eurostat publica os números do desemprego em agosto na zona euro e no conjunto dos países da União Europeia. Em julho, a taxa manteve-se estável em ambas as regiões nos 12,1% e 11% respetivamente.

No Japão, as ações valorizaram depois de o primeiro-ministro Shinzo Abe ter anunciado que o país vai aumentar os impostos sobre as vendas. Por outro lado, o Banco do Japão revelou que o indicador trimestral Tankan para a indústria que aumentou 12 pontos, em setembro, para o nível mais elevado desde 2007 e superando as previsões.