Investing.com - A bolsa de Lisboa terminou a semana a liderar os ganhos numa Europa dominada pelo sinal “vermelho”. O PSI20 fechou a sessão em terreno positivo, acima da barreira psicológica dos seis mil pontos. Avançou 1,07% para os 6.044,75 pontos, com quatro cotadas em baixa, 14 em alta e duas inalteradas.
Por cá, a liderar os ganhos esteve a Portugal Telecom. A tendência altista foi visível desde o início da jornada e as ações da operadora fecharam a valer 3,419 euros resultado de uma valorização de 5,23%. A PT beneficiou de uma melhoria de recomendação atribuída pelo Bernstein Research. Os títulos da Zon Optimus avançaram 2,72% para 4,379% enquanto os da Sonaecom somaram 0,24% para 2,101 euros. No universo Sonae este foi caso único, porque os papéis da casa mãe regrediram 0,43% para 0,924 euros e os da Sonae Indústria cederam 1,6% para 0,552 euros.
A Mota-Engil brilhou com uma subida de 3,54% para 2,899 euros enquanto o peso pesado Jerónimo Martins apreciou 0,07% para 15,225 euros.
No setor energético, a subsidiária EDP Renováveis avançou 1,52% para cotar nos 3,886 euros enquanto a EDP registou um ganho mais ligeiro de 0,3% para 2,713 euros. Os papéis da petrolífera Galp terminaram a semana a negociar nos 12,545 euros, com uma subida de 0,52%.
BPI e BCP estiveram na linha da frente no setor da banca com subidas de 1,39% e 1,035 para os 0,95 euros e 0,098 euros respetivamente. O BES apreciou 0,85% para 0,828 euros. Em contra ciclo, as ações do ESFG recuaram 0,5% para 5,18 euros e as do Banif 9,09% para 0,01 euros.
No velho continente, em zona mista, o dia foi dominado por perdas em grande parte dos mercados e o índice Eurostoxx 50 cedeu terreno. Fechou a semana nos 2.927,19 pontos, com uma queda de 0,31%.
As praças europeias corrigiram os ganhos de ontem, dia em que os investidores estiveram a digerir a inalteração do programa de estímulos à economia norte-americana. Na prática, o “quantitative easing” traduz-se na compra de ativos no valor de 85 mil milhões de dólares por mês.
A par de Portugal, só o IBEX madrileno avançou, 0,20%. O MIB italiano recuou 0,49%, no dia em que se ficou a saber que novas projeções do executivo de Enrico Letta apontam para uma contração da atividade económica de cerca de 1,7% este ano. Para o próximo ano, prevê-se um crescimento de 1% face aos 1,3% previstos anteriormente.
O FTSE regrediu 0,44% e o CAC francês 0,06%. O DAX alemão depreciou 0,21%, com as atenções dos investidores voltadas para as eleições legislativas de domingo, em que se discute um terceiro mandato de Angela Merkel.
Do lado de lá do Atlântico, as bolsas dos Estados Unidos negociavam em queda, pressionadas pelas declarações do presidente da Reserva Federal de Sr. Louis. James Bullard alertou que em outubro pode haver uma “pequena redução” do programa de compra de ativos nos E.U.A. O índice industrial Dow Jones recuava 0,41% e o tecnológico Nasdaq 0,14%. O S&P500 desvalorizava 0,40%.