Investing.com - A bolsa de Lisboa encerrou a última sessão da semana em alta, a liderar os ganhos no velho continente. À semelhança do que aconteceu entre as congéneres europeias, no mercado nacional os investidores parecem recuperar gradualmente algum otimismo, numa altura em que decorrem as negociações entre democratas e republicanos afim de impedir um cenário de “default” no próximo dia 17 de outubro.
Ontem, o presidente Barack Obama reuniu-se com os líderes do partido Republicano para encontrar um possível acordo de curto prazo sobre o aumento do limite máximo de endividamento. O partido republicano propôs um aumento temporário por um período de seis semanas, numa expressão clara de abertura ao diálogo, o que levou o jornal "Financial Times" a dizer que se tratam das "primeiras negociações sérias."
Para hoje está prevista uma reunião decisiva entre a Câmara dos Representantes e a Casa Branca. Ainda assim, continua por resolver o bloqueio orçamental que mantém o Governo parcialmente fechado há mais de uma semana.
Neste contexto, o PSI20 avançou 1,95% para os 6.184,70 pontos, com 13 cotadas em alta, quatro em baixa e três inalteradas. O setor da banca foi dos que mais contribuiu para os ganhos no mercado nacional, desde logo por causa do BES. As ações do banco liderado por Ricardo Salgado brilharam somando 8,2% para 1,082 euros. BPI e BCP acompanharam a tendência visível desde o início da jornada com valorizações de 2,9% e 1,94% para 1,1 euros e 0,105 euros respetivamente. Os títulos do ESFG fecharam inalterados nos 5,22 euros à semelhança dos papéis do BANIF, estáveis nos 0,011 euros.
O peso pesado Portugal Telecom também esteve em destaque pela positiva, somado 3,94% para 3,51 euros. A PT recuperou desta forma das perdas acentuadas registadas na sessão de quinta-feira, dia em que o Governo brasileiro afirmou ter reservas relativamente à fusão com a Oi. Com um desempenho igualmente positivo, a Zon Optimus apreciou 0,48% para 4,803 euros. A Sonaecom fechou em contra ciclo a recuar 0,98% para 2,212 euros.
No setor energético foi a Galp que assumiu a liderança. As ações da petrolífera subiram 1,1% para 12,46 euros. A subsidiária EDP Renováveis corrigiu as perdas do início da jornada e avançou 0,37% para 3,842 euros enquanto a casa mãe valorizou 0,94% para 2,481 euros. A elétrica termina assim a semana a recuperar terreno, depois da pressão verificada com o anúncio do Governo da criação de uma taxa extraordinária para diminuir as rendas pagas aos produtores de energia.
O peso pesado Jerónimo Martins avançou 0,21% para 14,125 euros. A impedir maiores ganhos estiveram a Portucel e a Mota-Engil, a depreciar 0,94% e 0,56% para 2,739 euros e 3,36 euros respetivamente.
Lá fora, os investidores espelharam positivamente a expectativa de novos desenvolvimentos nos EUA. O índice Eurostoxx 50, que reúne as principais empresas na zona euro, fechou a semana com uma alta de 0,16% para 2.974,28 pontos. O FTSE londrino avançou 0,88% e o DAX alemão 0,45%. O MIB italiano somou 0,24% e o IBEX madrileno 0,08%. Menos expressiva foi a subida do CAC francês, de 0,04%.
Do lado de lá do Atlântico, os principais índices bolsistas norte-americanos negociavam em alta, com o índice industrial Dow Jones a apreciar 0,64% e o tecnológico Nasdaq 0,71%. O S&P500 valorizava 0,55%.