Investing.com – A bolsa de Lisboa inverteu a tendência altista desta manhã, à semelhança do que aconteceu com as congéneres europeias, e encerrou a primeira sessão da semana no “vermelho”.
O dia foi marcado pela divulgação de dados económicos, alguns deles positivos, mas ainda assim as praças de referência do velho continente fecharam em queda.
De acordo com os números hoje divulgados pelo Eurostat, em junho o comércio a retalho na zona euro caiu 0,9% face a igual período do ano passado. Em relação ao mês anterior registou-se um recuo de 0,5%. No caso português em junho o volume do comércio a retalho regrediu 2,6% face a igual período do ano passado, mas subiu 1,1% em relação ao mês de maio.
Por outro lado, também hoje foi divulgado que a actividade dos serviços na zona euro contraiu menos do que o esperado em julho. Neste contexto, o PSI 20 recuou 0,34% para os 5.757,19 pontos, com seis cotadas em alta, 10 em baixa e quatro inalteradas.
Ainda a reflectir os resultados do primeiro semestre e a desilusão face às contas da Polónia, os títulos da Jerónimo Martins foram dos que mais pressionaram o mercado nacional. Regrediram 1,49% para cotar nos 14,55 euros. As ações da Altri registaram um tombo de 2,14% para os 1,924 euros.
O setor da banca também exerceu forte pressão sobre o mercado nacional, com destaque para o tombo de 1,89% do BES para os 0,727 euros. O BPI cedeu 0,6% para os 0,988 euros por ação. Os títulos do BCP mantiveram-se estáveis nos 0,096 euros à semelhança das ações do Banif nos 0,012 euros. Na sexta-feira o banco anunciou prejuízos de 196 milhões de euros no primeiro semestre.
O setor das telecomunicações foi outro dos que castigou a praça nacional, com as ações da Sonaecom a cederem 0,28% para os 1,773 euros e as da Portugal Telecom a recuarem 0,14% para os 2,92 euros. A exceção tinha o nome da Zon Multimédia, com um avanço de 0,18% para cotar nos 4,358 euros.
Em linha com a Zon, destaque para o peso pesado Mota-Engil que avançou 0,33% para os 2,726 euros por ação. A impedir maiores perdas em Lisboa esteve o setor energético, com a Galp a valorizar 0,64% para os 12,52 euros por ação. Os títulos da EDP avançaram 0,08% para cotar nos 2,663 euros, mas a subsidiária EDP Renováveis regrediu 0,23% para os 3,87 euros.
No velho continente, as praças de referência encerraram em zona mista, com o índice Eurostoxx 50 a recuar 0,07% para os 2.809,08 pontos. O FTSE londrino liderou as perdas ao ceder 0,43%. O DAX alemão regrediu 0,10% e o MIB italiano 0,13%. O IBEX madrileno caiu 0,15%. O CAC francês foi a exceção, com uma subida de 0,11%.
Do lado de lá do Atlântico, as bolsas dos Estados Unidos acordaram em terreno negativo, em dia de divulgação do relatório sobre o setor dos serviços.
Em julho registou-se um aumento superior ao estimado pelos analistas. O índice do Institute for Supply Management sobre a actividade não manufactureira, que cobre cerca de 90% da economia, subiu dos 52,2 pontos para os 56 pontos em julho. Acima dos 50 pontos refere-se uma expansão da actividade. Com o avanço da sessão o índice industrial Dow Jones cedia 0,32% e o tecnológico Nasdaq 0,21%. O S&P500 recuava 0,17%.