Investing.com – Apesar da divulgação de dados económicos positivos, mais até do que o esperado, a bolsa de Lisboa continuava a ceder terreno a meio da sessão desta quarta-feira, pressionada sobretudo pela Portugal Telecom. Chegou a estar em alta, mas voltou a inverter a tendência.
De acordo com os dados apresentados esta manhã pelo Eurostat, o PIB português cresceu 1,1% no segundo trimestre do ano, em comparação com o trimestre anterior, interrompendo assim um período de recessão técnica. Portugal foi o país que mais cresceu na União Europeia. A contribuir para o desempenho esteve sobretudo a aceleração expressiva das exportações, que cresceram 6,3% no segundo trimestre.
Em comparação com os três primeiros meses do ano, a economia da zona euro e da EU avançaram 0,3% no segundo trimestre. Em termos homólogos mantiveram-se as quedas. O PIB na zona euro recuou 0,7% face ao segundo trimestre de 2012, enquanto na União Europeia a queda foi de 0,2%.
Os dados animavam as praças europeias, mas Lisboa seguia em contra ciclo. O PSI 20 recuava 0,16%, com nove cotadas em alta, dez em baixa e uma inalterada.
A divulgação dos resultados da Portugal Telecom relativos ao primeiro semestre do ano, esta quarta-feira, era aguardada com expectativa e acabou por superar as estimativas dos analistas. Os primeiros seis meses do ano terminaram com um lucro de 284 milhões de euros, mais do dobro em relação a igual período do ano passado. Não fosse o anúncio da aprovação da redução do dividendo para 0,10 euros nos anos de 2013 e 2014 e as ações da empresa poderiam estar em alta. Em vez disso, lideravam as perdas no mercado nacional, ao ceder 8,77% para cotar nos 2,883 euros.
No setor das telecomunicações a Sonaecom acompanhava a tendência da PT com um recuo de 0,67% para os 1,786 euros por ação. Os papéis da ZON Multimédia avançavam 0,82% para os 4,551 euros.
Os títulos do setor financeiro eram os que mais impulsionavam a praça lisboeta com o BES e BPI a avançarem 3,89% e 1,07% para os 0,881 euros e 1,039 euros respetivamente. Os títulos do BCP somavam 0,95% para os 0,106 euros enquanto as ações do ESFG recuavam 0,17% para os 5,24 euros. Os papéis do BANIF mantinham-se estáveis nos 0,012 euros.
Também a puxar pelo PSI 20 estavam os pesos pesados Jerónimo Martins e Mota-Engil, a avançar 1,01% e 0,29% para os 15,46 euros e 2,78 euros respetivamente.
A impedir maiores ganhos, no setor energético estava a Galp, a regredir 0,04% para os 12,7 euros. A subsidiária EDP Renováveis cedia 0,42% para os 3,834 euros enquanto a casa mãe apreciava 0,04% para os 2,701 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50, que reúne as principais empresas da zona euro, inverteu a tendência negativa desta manhã e valorizava 0,27% para os 2.849, 19 pontos.
O CAC francês avançava 0,42. Isto no dia em que o Instituto Nacional de Estatística gaulês anunciou que a economia do país saiu da recessão ao registar um crescimento inesperado de 0,5 % no segundo trimestre. O crescimento do PIB é atribuído à retoma do consumo interno.
Da Alemanha também chegaram notícias animadoras para os investidores. A maior economia da Europa, registou, no segundo trimestre, um crescimento superior às expectativas, de 0,7 %. O DAX avançava 0,10%. Já o MIB italiano somava 0,17%
Em contra ciclo estavam o IBEX madrileno a recuar 0,13% e o FTSE londrino 0,04%.