Investing.com - A divulgação das contas da Portugal Telecom era aguardada com expectativa e apesar de ter superado as estimativas dos analistas a operadora penalizava fortemente a praça lisboeta, esta manhã. Em causa está o facto de a PT ter anunciado que aprovou a redução do dividendo para 0,10 euros nos anos de 2013 e 2014.
De acordo com os números hoje conhecidos, no primeiro semestre do ano o lucro da Portugal Telecom mais do que duplicou em relação ao período homólogo, crescendo 130%, para 284 milhões de euros.
O principal índice da bolsa portuguesa abriu a sessão a cair 0,40%, para os 6012.13 pontos. O PSI 20 cedia depois 0,17%, com apenas três cotadas em alta e 17 em baixa.
A PT destacava-se negativamente ao regredir 4,72% para cotar nos 3,011 euros. As ações da operadora liderada por Henrique Granadeiro contribuíam para as quedas registadas no setor das telecomunicações. Os títulos da ZON Multimédia cediam 0,04% para os 4,512 euros enquanto os papéis da Sonaecom recuavam 0,44% para 1,79 euros.
Da família Sonae apenas a Sonae Indústria escapava à "maré vermelha", com uma valorização de 1% para os 0,506 euros. Os títulos da casa mãe regrediam 1,05% para os 0,849 euros.
O setor da banca também castigava o mercado nacional. As ações do BANIF mantinham-se estáveis nos 0,012 euros. BES e BPI depreciavam 0,95% e 0,97% para os 0,104 euros e 1,018 euros respetivamente. Os papéis do BCP cediam 0,95% para os 0,104 euros. Também a recuar estava o ESFG, 0,74%, para os 5,21 euros.
Igualmente em queda estava o setor energético, com a petrolífera Galp a regredir 0,12% para os 12,69 euros. EDP e EDP Renováveis recuavam 0,07% e 0,47% para os 2,698 e 3,832 euros respetivamente.
A impedir maiores perdas em Lisboa estavam o peso pesado Mota-Engil, com um avanço de 0,25% para os 2,779 euros, e a Portucel com ganhos de 0,11% para os 2,664 euros por ação.
Lá fora, as praças europeias de referência negociavam em zona mista, no dia em que o Eurostat divulga as estatísticas rápidas do PIB para os países da União Europeia e para os da zona euro relativas ao segundo trimestre do ano. No caso português a maioria das previsões aponta para um crescimento do produto entre os 0,3% e os 0,6% nesse período.
O índice Eurostoxx 50, que reúne as principais empresas da zona euro, regredia esta manhã 0,06% para os 2.840,04 pontos.
O CAC francês avançava 0,17%. Isto no dia em que o Instituto Nacional de Estatística gaulês anunciou que a economia do país saiu da recessão ao registar um crescimento inesperado de 0,5 % no segundo trimestre. O crescimento do PIB é atribuído à retoma do consumo interno.
Da Alemanha também chegaram notícias animadoras para os investidores. A maior economia da Europa, registou, no segundo trimestre, um crescimento superior às expectativas, de 0,7 %. O DAX avançava 0,03%.
Em contra ciclo estavam o MIB italiano e o IBEX madrileno a recuar 0,19% e 0,29% respetivamente. O FTSE londrino cedia 0,07%.