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Bolsa de Lisboa sobe mais de 1% com alívio de instabilidade política

Publicado 08.07.2013, 07:45
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Investing.com - Sanada a crise política no Governo de coligação PSD-CDS, a bolsa de Lisboa iniciou a semana em terreno positivo, com o PSI 20 a valorizar 1,07%, para os 5.465,15 pontos.

O dia é marcado pela expectativa, tanto mais que a nova ministra das Finanças se estreia em Bruxelas nas reuniões do Eurogrupo. A polémica nomeação de Maria Luís Albuquerque, na semana passada, motivou o pedido de demissão, "irrevogável", do ministro dos Negócios Estrangeiros e parceiro de coligação, Paulo Portas, precipitando ao mesmo tempo uma crise que se refletiu negativamente na bolsa de Lisboa. Os juros das obrigações portuguesas dispararam para patamares superiores a 7%. 

Neste momento tudo parece estar ultrapassado, até porque na sequência de várias rondas negociais o primeiro-ministro anunciou um acordo com o CDS de forma a "garantir a estabilidade até ao fim da legislatura." Paulo Portas voltou atrás na decisão depois de ser proposto para o cargo de vice-primeiro-ministro responsável pela coordenação das políticas económicas e do relacionamento com a "troika".

Neste contexto e à medida que a sessão desta segunda-feira avançava o principal índice da praça lisboeta consolidava os ganhos subindo 1,79%, com todas as cotadas em alta.

O setor da banca era o que mais puxava pelo PSI 20, com os títulos do BCP a valorizarem 5,75% para os 0,092 euros. As ações do BES e do BPI acompanhavam a tendência com uma subida de 4,62% e 3,41% para os 0,634 euros e 0,909 euros respetivamente. O Banif subia 2,35% para os 0,087 euros por ação.  

A impulsionar os ganhos está também a Cofina ao subir 3,04% para os 0,44 euros e a Sonae com uma subida de 2,9% para os 0,709 euros.

Esta manhã, os juros da dívida soberana de Portugal desciam em todas as maturidades face a sexta-feira e depois de terem fechado na quarta-feira em máximos desde novembro de 2012.

Nas restantes praças do velho continente, o otimismo também domina os investidores, à espera do início da época de resultados empresariais nos Estados Unidos e em dia de reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro.

A agenda do encontro promete ser dominada pela Grécia e pela discussão sobre o pagamento da próxima tranche de ajuda financeira a Atenas, que chegou a estar em risco caso não fosse alcançado um acordo entre o executivo grego e a "troika" sobre as reformas pendentes antes da reunião de hoje.

O índice Eurostoxx 50 valorizava esta manhã 1,21% para os 2.627,39 pontos. Atenas destacava-se pela positiva com uma valorização de 2,32%. O IBEX madrileno subia 1,05% e o MIB italiano 0,76%. O CAC francês e o FTSE londrino apreciavam 1,25% e 0,94% respetivamente.

O DAX subia 1,28%, no dia em que se revelou que as exportações alemãs registaram em maio a maior queda desde finais de 2009, ao mesmo tempo que aumentaram as exportações. Os analistas explicam a tendência com a crise na Europa e a diminuição do apetite chinês.

As bolsas asiáticas registaram a maior queda em duas semanas devido às preocupações em torno da contração de crédito na China, que poderá afetar o crescimento.

A bolsa de Tóquio fechou a sessão de hoje em queda, ao perder 1,40 % para os 14.109,34 pontos.

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