Por Devik Jain e Medha Singh
2 Jun (Reuters) - Os índices S&P 500 e Dow Jones atingiram novas máximas em três meses nesta terça-feira, à medida que o otimismo em relação à retomada da atividade empresarial compensava temores sobre interrupções causadas pelos protestos nos Estados Unidos em resposta ao assassinato de um homem negro sob custódia policial.
Algumas das ações mais golpeadas dentro do setor das viagens, incluindo American Airlines Group Inc AAL.O , United Airlines UAL.O , Norwegian Cruise Line NCLH.N e Carnival Corp (LON:CCL) CCL.N , subiam entre 1,5% e 2,7%.
A melhora dos dados econômicos, os trilhões de dólares em estímulo e o reinício das atividades empresariais ajudavam o S&P 500 .SPX a subir cerca de 38% em relação às mínimas de março, deixando o índice a apenas 11% do recorde de 19 de fevereiro.
Mas investidores estão de olho nas tensões entre Estados Unidos e China e nas marchas e manifestações contra a brutalidade policial, que muitas vezes se tornaram violentas em muitas cidades.
Manifestantes incendiaram um centro comercial em Los Angeles, saquearam lojas na cidade de Nova York e pelo menos cinco policiais dos EUA foram atingidos por tiros, horas depois de o presidente Donald Trump prometer enviar as forças armadas dos EUA para recuperar o controle das ruas.
"A reabertura do país e o retorno das atividades empresariais são uma contribuição muito maior para a equação, em comparação à visão de que uma interrupção temporária pontual nas principais cidades devido às manifestações está causando o maior dano", disse Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da National Securities em Nova York.
Às 12:07 (horário de Brasília), o índice Dow Jones .DJI subia 0,33%, a 25.559 pontos, enquanto o S&P 500 .SPX ganhava 0,130574%, a 3.060 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC recuava 0,71%, a 9.484 pontos.
Setores cíclicos, incluindo financeiro .SPSY e energia .SPNY , eram os de melhor desempenho dentre os 11 principais segmentos do S&P 500 "em um sinal de que (o rali) desses níveis e além pode ser sustentado", disse Thomas Hayes, que integra o time de administração da Great Hill Capital em New York.
(Reportagem de Devik Jain e Medha Singh)