LONDRES, 29 Mai (Reuters) - As acções europeias caem pelo segundo dia consecutivo, com os investidores a assumirem novos temores quanto ao risco da quebra da Zona Euro, com a Itália a embarcar numa nova campanha eleitoral que poderia tornar-se um referendo sobre a adesão ao euro.
O principal índice de acções da Itália .FTMIB cai 2,8 pct.
As acções de bancos italianos .FTIT8300 caem mais de 4,5 pct, depois de ter perdido 4 pct na sessão anterior, prejudicadas por um 'sell-off' de títulos soberanos, uma parte essencial das carteiras dos bancos.
O Intesa Sanpaolo ISP.MI , o BPER Banca EMII.MI , o Unicredit CRDI.MI e o UBI Banca UBI.MI caem acentuadamente entre 4,4 e 5,8 pct, enquanto a Poste Italiane PST.MI também desliza 4,8 pct.
A ansiedade despertada em torno de um potencial colapso da Zona Euro fez com que o índice de quebra da zona, o Sentix, subisse para o máximo desde abril de 2017, quando os investidores temeram que o eurocépico Le Pen assumirá a presidência na França.
O STOXX 600 .STOXX pan-europeu cai 1,3 pct, com os bancos a mostrarem o pior desempenho. O índice de banca da Zona Euro, o .SX7E cai 3,7 pct, bem encaminhado para a sua maior queda mensal desde o voto de Brexit em Junho de 2016.
O nervosismo da Itália espalhou-se para outros mercados periféricos da Zona Euro, com as acções de bancos espanhóis e portugueses na linha de fogo.
O Banco Comercial Portugues BCP.LS cai 6,7 pct, enquanto o Santander SAN.MC da Espanha recua 4,7 pct, pressionando o IBEX.
O retalista britânico Dixons Carphone DC.L tomba 19 pct após um 'profit warning'. O novo CEO alertou que a empresa precisava fechar as lojas num momento de contracção no mercado de produtos electrónicos do Reino Unido. integral em inglês: por Helen Reid; Traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; Editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)