MILÃO, 8 Mai (Reuters) - As acções europeias tocaram brevemente os máximos recorde no início da negociação esta segunda-feira, antes de caírem no vermelho, pressionadas pelos bancos e títulos relacionados com a recursos básicos, já que o resultado, amplamente esperado, da votação presidencial francesa estimulou algumas tomadas de lucros.
O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX cai 0,15 pct, enquanto o CAC francês .FCHI recua 0,61 pct depois de ter atingido os seus níveis mais altos em mais de 9 anos e o DAX alemão .GDAXI recua 0,09 pct, mantendo perto dos máximos históricos.
O centrista Emmanuel Macron, com uma visão empresarial amigável da integração europeia, foi eleito presidente de França, derrotando Marine Le Pen, uma nacionalista de extrema-direita que ameaçou tirar o país da União Europeia.
"Sendo em linha com as sondagens recentes, este resultado já foi amplamente antecipado pelo mercado e, portanto, poderemos esperar que a extensão de qualquer novo "rally de alivio" seja mais modesta do que a que tivemos após a primeira volta", disse Julien Lafargue, estrategista das acções europeias do JP Morgan Private Bank.
Os bancos, que são mais sensíveis do que outros sectores a factores políticos, também inverteram para terreno negativo. O índice da banca da Zona Euro .SX7E cai 0,79 pct depois de ter tocado em máximos desde Novembro 2015.
Os bancos franceses BNP Paribas BNPP.PA e Societe General SOGN.PA caem mais de 1 pct.
Alguns participantes do mercado especularam que a vitória de Macron poderia ser a última peça do puzzle para Mario Draghi do Banco Central Europeu começar a reverter das suas políticas monetárias ultra-flexíveis.
Texto integral em inglês: (Reportagem por Danilo Masoni; traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom, Editado por Patrícia Vicente Rua em Lisboa)