Investing.com - Os juros mais altos exigidos a Portugal no leilão de bilhetes do Tesouro a três e a 18 meses, esta quarta-feira, não contaminaram negativamente o otimismo dos investidores.
A bolsa de Lisboa continuava, a meio da sessão, em zona de ganhos, com o PSI20 a somar 0,49% para os 5.965,31 pontos, com 13 cotadas em alta, cinco em baixa e duas inalteradas. Com um dos melhores desempenhos entre as congéneres europeias, o mercado nacional refletia a trajetória externa dominante.
As atenções estão hoje voltadas para o fim da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos. Se até agora a redução de estímulos à maior economia do mundo era encarada com receio, nesta fase esse processo é visto também como um sinal de recuperação. Prevê-se que a FED anuncie a primeira medida, branda, de inversão na política monetária seguida para conter os efeitos da crise de 2008. Os economistas estimam uma redução entre 10 e 15 mil milhões no ritmo mensal de compra de ativos. Na prática, o “quantitative easing” tem-se traduzido na compra de obrigações no valor atual de 85 mil milhões de dólares por mês.
Por cá, o setor da banca, mais exposto ao risco da República, seguia em alta, com as ações do BCP a somarem 1,04% para cotar nos 0,097 euros. BPI e BES acompanhavam o rumo ascendente e valorizavam 0,55% e 0,25% para 0,918 euros e 0,808 euros respetivamente. Mais ligeira era a subida do ESFG, 0,04% para 5,248 euros. O BANIF seguia em contra ciclo, com uma queda de 9,09% para 0,01 euros.
A Mota-Engil continuava a estimular as negociações no mercado nacional, apreciando 1,47% para cotar nos 2,831 euros. A acompanhar a tendência, os títulos da Jerónimo Martins estavam a valer 15,22 euros, resultado dos ganhos de 0,73%.
O setor das telecomunicações contava a meio da sessão com apenas uma cotada no “vermelho”. Os papéis da Zon Optimus cediam 0,22% para 4,156 euros. Portugal Telecom e Sonaecom avançavam 0,22% e 2,62% para 3,227 euros e 2 euros respetivamente.
Também em zona mista seguia o setor energético, com a GALP a ganhar 1,05% para os 12,495 euros. A EDP deslizava 0,07% para 2,708 euros e a subsidiária EDP Renováveis depreciava 0,2% para cotar nos 3,948 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50, seguia a valorizar 0,39% para os 2.902,11 pontos. O IBEX madrileno avançava 0,51% e o CAC francês 0,36%. Frankfurt e Milão apreciavam 0,33% e 0,04%. O FTSE londrino estava a cair 0,07%.
Do lado de lá do Atlântico, à espera da decisão da FED, a conhecer a partir das 19h de Lisboa, Wall Street seguia sem rumo. O índice industrial Dow Jones escorregava 0,13%, mas o tecnológico Nasdaq subia 0,21%. O S&P500 registava um ganho ligeiro de 0,06%.