Investing.com - A semana chega ao fim com quedas entre as praças de referência do velho continente, penalizadas pelos resultados dececionantes apresentados pela Microsoft e pela Google. Os números aumentaram os receios dos investidores em relação ao setor tecnológico.
Por cá, a bolsa de Lisboa também refletiu a tendência depressiva. O PSI 20 caiu pela primeira vez em cinco sessões 0,78% para os 5.524,47 pontos, com apenas duas cotadas em alta, 17 em baixa e uma inalterada.
Os partidos encarregues pelo Presidente da República de encontrar um "compromisso de salvação nacional", em nome da estabilidade política, devem reunir-se com Cavaco Silva, mas ao que tudo indica não terão alcançado um acordo.
O setor financeiro foi um dos mais penalizados na sessão, apesar da descida dos juros da dívida pública portuguesa, que se situam abaixo dos 7% em todas as maturidades.
Em destaque pela negativa esteve o Banif. Esta sexta-feira termina o período de subscrição do aumento de capital de 100 milhões de euros a um preço de um cêntimo por ação. As ações do banco acabaram por cair 9,43% para os 0,048 euros.
As perdas também se agravaram entre o BCP e BPI, em vésperas de apresentação de resultados, com expectativas pouco animadoras. Os bancos registaram perdas de 3,23% e 3,09% para os 0,09 euros e 0,91 euros por ação respetivamente.
Os títulos do BES recuavam 1,9% para os 0,62 euros. Em destaque pela negativa estavam ainda as ações da Portucel, no dia em que arranca a apresentação de resultados em Portugal. Os títulos recuaram 2,37% para os 2,633 euros.
A EDP Renováveis, que anunciou um novo contrato de venda de energia nos Estados Unidos, caiu 1,25% para 3,717 euros. Já a casa mãe subiu 1,67% para os 2,5 euros. A par das ações da Sonae, que subiram 2,43% para os 0,759 euros estes foram os únicos títulos a puxar positivamente pela praça de Lisboa.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50 fechou a semana a cair 0,07% para os 2.716,17. Ao início da jornada as praças de referência do velho continente não reagiram bem ao anúncio do Banco Central Europeu de suavizar a política monetária. Itália foi a exceção ao clima de pessimismo que tomou conta da Europa. O MIB registou uma subida de 0,44%. Já a praça de Atenas registou uma queda de 1,18%. O DAX alemão e o IBEX madrileno perderam 0,07% e o CAC francês 0,06%. O FTSE londrino terminou a sessão inalterado.
Do lado de lá do Atlântico, a decisão da China de eliminar o limite sobre as taxas de empréstimo praticadas pelas instituições financeiras parece não ter tido impacto junto de Wall Street, que acordou no "vermelho". A jornada avançava com o índice industrial Dow Jones a cair 022% e o tecnológico Nasdaq 0,83%. O S&P500 cedia 0,14%.