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BOVESPA-Índice acentua queda puxado por Vale e bancos em dia sem viés claro em Wall St

Publicado 11.02.2019, 18:21
Atualizado 11.02.2019, 18:30
© Reuters.  BOVESPA-Índice acentua queda puxado por Vale e bancos em dia sem viés claro em Wall St

Por Gabriela Mello

SÃO PAULO, 11 Fev (Reuters) - O mercado acionário brasileiro acentuava ritmo de queda nesta segunda-feira, sucumbindo à pressão das ações de Vale, bancos e Petrobras em meio à ausência de novidades em torno da reforma da Previdência e sem viés claro no exterior, onde ainda persiste um clima de apreensão em relação às negociações de China e Estados Unidos.

Às 16:19, o Ibovespa .BVSP caía 0,76 por cento, a 94.621,56 pontos. O giro financeiro somava 8,34 bilhões de reais.

O indicador fechou no vermelho em três dos cinco pregões da última semana, amargando queda de 2,57 por cento no período e encerrando uma sequência de seis semanas de alta, em movimento de correção após renovar máximas recordes repetidamente em janeiro.

Operadores de renda variável avaliam que a bolsa paulista carece de gatilhos no curto prazo para engatar um movimento de alta, dado que o avanço das reformas econômicas, sobretudo a da Previdência, depende da recuperação de Jair Bolsonaro.

"Não tem fato novo porque toda a expectativa de melhora (da economia) está atrelada à Previdência na verdade... O mercado fica sem força com ausência de notícias novas e, nesse compasso de espera, muita gente acaba realizando um pouco de lucro", explicou Ari Santos, da H.Commcor.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta segunda-feira acreditar que o presidente esteja de volta a Brasília até sexta-feira para tomar "decisões finais" sobre a proposta de reforma da Previdência que será posteriormente encaminhada ao Congresso. Bolsonaro não recebe alta do hospital, investidores dividem as atenções entre o noticiário internacional e os balanços corporativos.

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Para o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, embora já sido dada a largada, a temporada de resultados no Brasil ainda não exerce grande influência sobre o mercado doméstico em função do espaçamento maior do cronograma de balanços, que se esticará até o fim de março.

No exterior, as bolsas operavam sem viés claro, conforme o sentimento de cautela predominava em Wall Street diante das negociações comerciais entre China e Estados Unidos e a possibilidade de nova paralisação do governo norte-americano devido ao impasse envolvendo o orçamento.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN PETR4.SA cedia 1 por cento, e PETROBRAS ON PETR3.SA caía 0,6 por cento, em linha com o recuo dos preços internacionais do petróleo e tendo no radar notícia de que a controlada BR Distribuidora BRDT3.SA iniciou etapa de avaliação e seleção de potenciais interessados em parceria estratégica no segmento de lojas de conveniência BR Mania. ITAÚ UNIBANCO ITUB4.SA perdia 0,9 por cento, entre as principais influências negativas do Ibovespa, em sessão de queda para o setor bancário como um todo, com BRADESCO PN BBDC4.SA em desvalorização de 0,9 por cento, BANCO DO BRASIL BBAS3.SA em baixa de 2 por cento e SANTANDER UNIT SANB11.SA cedendo 0,6 por cento.

- VALE VALE3.SA caía 1,9 por cento, se sustentando no forte avanço das cotações do minério de ferro na China na volta do feriado do Ano Novo Lunar. Siderúrgicas operavam sem direção comum, com USIMINAS PNA USIM5.SA perdendo 0,3 por cento, Gerdau PN GGBR4.SA em alta de 0,65 por cento e CSN CSNA3.SA cedendo 1,5 por cento.

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- CEMIG PN CMIG4.SA recuava 2 por cento, tendo como pano de fundo a nomeação do ex-presidente da Fiat, Cledorvino Belini, para comandar a estatal mineira, em substituição a Bernardo Alvarenga, que deixou a companhia. BRF BRFS3.SA caía 1,2 por cento. A empresa informou mais cedo que seu conselho da administração aprovou refinanciamento de duas linhas de crédito contratadas junto ao banco Santander (MC:SAN) no valor de até 700 milhões de reais. EMBRAER EMBR3.SA perdia 1,1 por cento, após anunciar que entregou um total de 181 jatos em 2018, sendo 90 comerciais e 91 executivos. A previsão para aviação comercial era de 85 a 95 unidades, e para a executiva era de 105 a 125. BRASKEM PNA BRKM5.SA subia 3,2 por cento, entre as poucas ações que operavam no azul, beneficiada pela alta do dólar ante o real, que elevava a receita obtida com as exportações.

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(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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