Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 29 Jan (Reuters) - O índice de referência do mercado acionário brasileiro fechou em queda nesta segunda-feira, com o ambiente internacional negativo corroborando uma realização de lucros após uma semana de recordes no pregão local.
O Ibovespa .BVSP caiu cerca de 1 por cento, a 84.698 pontos. O volume financeiro somou 11,6 bilhões de reais.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou com alta de 2,21 por cento, a 85.530 pontos, recorde histórico, dado o forte fluxo de investidores externos e expectativas ligadas à cena eleitoral. Até a sexta, o índice acumulava em 2018 elevação de 10 por cento fraqueza de bolsas nos Estados Unidos e queda do petróleo, endossaram a correção negativa no pregão doméstico. Em Wall Street, o S&P 500 .SPX cedia 0,4 por cento no final da tarde, também após máximas históricas na semana passada.
A segunda-feira marca o começo da divulgação de resultados das companhias que compõem o Ibovespa, com a fabricante de celulose Fibria FIBR3.SA apresentando seus números após o fechamento das operações na B3.
Agentes financeiros, contudo, mantêm a perspectiva positiva, dado o fluxo positivo de capital externo, que já supera 7 bilhões de reais em 2018 e pode seguir uma vez que o Ibovespa ainda não está exatamente caro para os estrangeiros. em consideração o excesso de liquidez global, queda acentuada nos juros e a possível retomada da atividade econômica, podemos sim trabalhar em renovações de máxima no Ibovespa", afirmou Claudio Pacini, chefe de Brasil na área de ações da corretora INTL Fcstone nos Estados Unidos.
Ele ponderou, contudo, que o ano pode trazer um pouco de volatilidade devido às eleições e o condicionamento da aprovação da Reforma da Previdência.
DESTAQUES
- BB (SA:BBAS3) SEGURIDADE BBSE3.SA caiu 4 por cento, em meio a dados do setor de seguros, com analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) avaliando que a empresa teve em dezembro um resultado consolidado fraco, conforme relatório distribuído a clientes. BRADESCO PN BBDC4.SA perdeu 3 por cento, com o setor bancário também passando por ajuste negativo na esteira de altas da última semana e pressionando o índice dado o peso relevante que as ações têm na carteira. BRADESCO ON BBDC3.SA caiu 2,9 por cento.
- WEG WEGE3.SA recuou 3,2 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, após analistas do Credit Suisse cortarem a recomendação dos papéis para 'undeperform', citando, entre outros fatores, que a ação está mais cara que suas concorrentes.
- PETROBRAS PN PETR4.SA recuou 0,4 por cento e PETROBRAS ON PETR3.SA fechou estável, após fortes ganhos na semana passada, quando acumularam elevação ao redor de 9 e 12 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo o declínio dos preços do petróleo no mercado global.
- FIBRIA FIBR3.SA subiu 5,2 por cento, destoando do ajuste negativo, após informação da coluna online de Lauro Jardim no fim de semana de que o BTG Pactual (SA:BBTG99) está com mandato do grupo asiático-holandês Paper Excellence para comprar a companhia e tendo como pano de fundo a valorização do dólar ante o real BRBY . ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em .PL.BVSP
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(Edição Alberto Alerigi Jr.)