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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 7 Mai (Reuters) - A bolsa paulista mantinha o viés negativo nesta terça-feira, ainda afetada por receios sobre as relações entre Estados Unidos e China e expectativa para o início das discussões sobre a reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados.
Os negócios também eram influenciados pela divulgação de balanços trimestrais de empresas como Magazine Luiza, Ambev e BR Distribuidora.
Às 11:44, o Ibovespa .BVSP caía 1,9 por cento, a 93.201,81 pontos. O volume financeiro somava 4,88 bilhões de reais.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou a segunda-feira em queda de 1,04 por cento, 95.008,66 pontos. equipe da corretora Mirae Asset destacou que o mercado financeiro global segue pesado, ainda refletindo a mensagem pelo Twitter do presidente norte-americano, Donald Trump, no fim de semana, de que estaria retomando a sobretaxação a produtos importados da China, conforme nota a clientes.
Na segunda-feira, os principais negociadores comerciais norte-americanos afirmaram que Pequim havia voltado atrás em compromissos em negociações comerciais, levando Trump a ameaçar tarifas adicionais, mas que Washington estaria disposta a seguir negociando se os chineses mudarem sua posição. faz "com que os temores de uma desaceleração da economia mundial voltem ao radar", destacaram os analistas Fernando Bresciani e Pedro Galdi. "A frustração é que alguns dias antes o próprio governo dos EUA havia sinalizado que as conversas sobre o tema entre os dois países estavam evoluindo."
Apesar do noticiário recente, Pequim disse que o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, visitará os Estados Unidos nesta semana para negociações comerciais. Wall Street, o S&P 500 .SPX recuava 1,2 por cento.
No Brasil, a comissão que analisará o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência começará os trabalhos nesta terça-feira, e a expectativa no mercado é de que seja aprovado o cronograma das audiências, com as discussões de fato começando apenas na quarta-feira.
De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a reforma da Previdência não vai resolver todos os problemas do Brasil, mas é um primeiro passo para a resolução de várias outras questões "muito difíceis". ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA e BRADESCO PN BBDC4.SA recuavam 2,7 e 2,1 por cento, respectivamente, entre as maiores pressões de baixas, enquanto BANCO DO BRASIL BBAS3.SA cedia 1,6 por cento e SANTANDER BRASIL SANB11.SA perdia 1,6 por cento.
- VALE VALE3.SA caía 1,15 por cento, tendo também no radar as operações a úmido da mina de minério de ferro Brucutu, a maior da empresa em Minas Gerais, foram paralisadas novamente após decisão do Tribunal de Justiça do Estado. PETROBRAS PN PETR4.SA tinha queda de 1,9 por cento, alinhada ao declínio dos preços do petróleo no exterior LCOc1 CLc1 . SMILES SMLS3.SA perdia 5,4 por cento, após saída antes do previsto do diretor presidente, que será substituído por André Fehlauer. A empresa também está revisando seu plano de negócios de cinco anos, segundo o Bradesco BBI. AMBEV ABEV3.SA recuava 3,8 por cento. A empresa teve alta de 6,2 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre, mas aumento de dois dígitos nos custos de produtos vendidos e maiores despesas financeiras. MAGAZINE LUIZA MGLU3.SA caía 2,45 por cento após divulgar queda de mais de 10 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre, para 132,1 milhões de reais, mas números considerados saudáveis sobre as vendas. BR DISTRIBUIDORA BRDT3.SA avançava 2,7 por cento, após salto de 93 por cento no lucro líquido no primeiro trimestre, a 477 milhões de reais. "O trimestre de BR Distribuidora nos impressionou", escreveu o Credit Suisse. ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em .PL.BVSP
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(Edição Alberto Alerigi Jr.)