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BOVESPA-Índice recua com receios sobre disputa presidencial; Minerva dispara

Publicado 21.08.2018, 15:26
© Reuters.  BOVESPA-Índice recua com receios sobre disputa presidencial; Minerva dispara
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO, 21 Ago (Reuters) - O Ibovespa mostrava fraqueza na manhã desta terça-feira, pressionado por receios em relação ao cenário eleitoral, embora o tom mais favorável a ativos de risco no exterior e a alta de ações de companhias exportadoras com o dólar encostando em 4 reais atenuassem as perdas

Às 11:25, o Ibovespa .BVSP caía 0,12 por cento, a 76.235,29 pontos. O volume financeiro somava 1,78 bilhão de reais.

"As pesquisas eleitorais reforçaram o quadro de indefinição política que irá marcar as eleições para presidente", afirmou um gestor de uma administradora de recursos no Rio de Janeiro.

Na pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro, lidera com 20 por cento. sequência, vêm Marina Silva (Rede), que registrou 12 por cento, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 9 por cento, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 7 por cento, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), com 4 por cento e o senador Alvaro Dias (Podemos), com 3 por cento.

Levantamento CNT/MDA, divulgado também véspera, mostrou quadro mais ou menos parecido. o gestor, que pediu para não ter o nome citado, tal cenário já prevalece há alguns meses, sem mudanças relevantes, enquanto também não alteram de maneira significativa preocupações dos investidores com o cenário pós-eleitoral.

A apreensão do mercado está relacionada particularmente ao fato de que um de seus candidatos preferidos, o tucano Geraldo Alckmin, não mostrar até o momento maior preferência dos eleitores, apesar do apoio político que recebeu.

A equipe da CM Capital Markets chamou a atenção em relatório a clientes para a chance de o cenário mudar com o início da propaganda eleitoral em rádio e televisão, a partir do próximo dia 31, em que Alckim terá o maior tempo, além do esperado desfecho em relação à candidatura de Lula.

No exterior, os ativos de risco eram favorecidos pelo enfraquecimento do dólar .DXY frente a outras divisas, após comentários do presidente norte-americano, Donald Trump, no final da segunda-feira, criticando a alta dos juros nos EUA. Trump disse que não estava "animado" com o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, por elevar as taxas de juros e acusou a China e a Europa de manipularem suas respectivas moedas. Wall Street, o índice acionário S&P 500 .SPX subia 0,34 por cento. O MSCI de ações de mercados emergente .MSCIEF avançava 1,14 por cento.

DESTAQUES

- BRADESCO PN BBDC4.SA cedia 0,35 por cento, com o setor bancário como um todo enfraquecido por preocupações com o cenário eleitoral incerto no país. BANCO DO BRASIL BBAS3.SA liderando as perdas entre os bancos do Ibovespa, com declínio de 1,12 por cento.

- PETROBRAS PN PETR4.SA subia 0,54 por cento, em sessão volátil, em meio a receios com a corrida presidencial brasileira e com os preços do petróleo LCOc1 CLc1 em alta no exterior.

- B3 B3SA3.SA recuava 0,80 por cento, respondendo por forte pressão de baixa no Ibovespa, em nova sessão negativa, após subirem mais de 16 por cento no mês passado.

- VALE VALE3.SA subia 0,68 por cento, apesar do recuo dos preços do minério de ferro na China, conforme se beneficia da valorização do dólar ante o real.

- CSN CSNA3.SA cedia 1,8 por cento, com o setor siderúrgico como um todo em ajuste negativo após fortes ganhos na segunda-feira, tendo no radar queda nos futuros do aço na China. GOL PN GOLL4.SA caía 2,83 por cento, tendo de pano de fundo o avanço do dólar ante o real BRBY e a elevação dos preços do petróleo no exterior. A sua controlada SMILES SMLS3.SA cedia 1,12 por cento.

- SUZANO SUZB3.SA valorizava-se 1 por cento, na ponta positiva, apoiada na valorização do dólar, que encostava em 4 reais na manhã desta terça-feira. JBS JBSS3.SA tinha elevação de 5 por cento.

- MINERVA BEEF3.SA , que não está no Ibovespa, disparava 8,64 por cento, em meio a notícias de possível capitalização e ou oferta pública de aquisição (OPA) de ações por acionistas da empresa com o objetivo de retirá-la da bolsa. Procurada pela Reuters, a empresa disse que não iria comentar as notícias. ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em .PL.BVSP

Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em .PG.BVSP

(Por Paula Arend Laier Edição de Raquel Stenzel)

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