(Atualiza cotação e acrescenta informações)
SÃO PAULO, 4 Jun (Reuters) - A bolsa paulista perdia força nesta terça-feira, conforme o Ibovespa sucumbia ao tombo de cerca de 17% das ações da Braskem após a europeia LyondellBasell desistir de comprar o controle da petroquímica brasileira.
Às 12:05, o Ibovespa .BVSP operava estável, a 97.017,4 pontos. O volume financeiro somava 4,9 bilhões de reais.
Mais cedo, no melhor momento, o Ibovespa subiu 0,7%, favorecido pelo viés positivo em praças acionárias no exterior e repercussão positiva a votações no Congresso Nacional no final da terça-feira.
Entre elas, agradou a aprovação pelo Senado da Medida Provisória 871, que trata do combate a fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), considerada peça importante para a implantação da reforma da Previdência. ajudava no sentimento positivo notícia de que o projeto que atualiza o Marco Legal do Saneamento Básico (PL 3.261/2019) vai ser analisado em regime de urgência.
"As notícias corroboram a percepção de que há um clima mais harmonioso entre Executivo e Legislativo", escreveu a equipe da Coinvalores em nota a clientes, destacando, contudo, que do lado econômico as novidades não trazem ânimo.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira mostraram que a atividade avançou 0,3% em abril na comparação com março, marcando no ano dois resultados mensais positivos e dois negativos. exterior, Wall Street mostrava os principais índices acionários em alta de mais de 1% após o titular do banco central norte-americano abrir a porta para a possibilidade de um corte de juros nos Estados Unidos. BRASKEM PNA BRKM5.SA desabava 16,8%, tocando mínimas desde meados de 2017, após a LyondellBasell Industries LYB.N encerrar negociação com o acionista controlador da petroquímica, o conglomerado Odebrecht, para comprar a empresa, em novo revés para a companhia. SABESP SBSP3.SA valorizava-se 5,56%, ajudada pela aprovação pelo Senado de regime de urgência para o projeto que retoma a medida provisória 868, que atualiza o Marco Legal do Saneamento Básico no país, considerado essencial para uma eventual privatização da empresa paulista de água e esgoto. JBS JBSS3.SA e MARFRIG MRFG3.SA avançavam 3,6% e 3,5%, respectivamente, recuperando-se de perdas na véspera, quando foram pressionadas pela decisão do Ministério da Agricultura de suspender exportações de carne bovina à China após a confirmação de caso atípico da doença da vaca louca no Mato Grosso. A Organização Mundial de Saúde Animal, contudo, manteve o status do Brasil de risco insignificante para a doença. EDP BRASIL ENBR3.SA tinha alta de 4,6%, tendo de pano de fundo que a China Three Gorges avalia um acordo para obter o controle no Brasil da EDP-Energias de Portugal, conforme reportagem da agência Bloomberg, citando fontes a par do assunto. Na máxima até o momento, os papéis subiram 7,5%.
- PETROBRAS PN PETR4.SA subia 0,6% e PETROBRAS ON PETR3.SA avançava 0,5%, apesar do declínio dos preços do petróleo no exterior, com o mercado na expectativa de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) prevista para esta semana sobre vendas de ativos da petrolífera de controle estatal. VALE VALE3.SA cedia 0,7%, descolada de suas pares no exterior e do declínio dos preços do minério de ferro na China.
- ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA recuava 0,6%, pesando no Ibovespa, enquanto BRADESCO PN BBDC4.SA exibia estabilidade. BANCO DO BRASIL BBAS3.SA valorizava-se 0,3%.
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(Edição Alberto Alerigi Jr.)