(Atualiza cotação e acrescenta mais informações)
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 16 Ago (Reuters) - A bolsa paulista buscava se sustentar no azul nesta sexta-feira, embalada pela melhora nos mercados no exterior, mas o Ibovespa tinha dificuldade para ficar acima dos 100 mil pontos, com empresas de educação entre as maiores pressões negativas.
Às 12:05, o Ibovespa .BVSP subia 0,87%, a 99.915,87 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 100.566,93 pontos. O giro financeiro era de 5,8 bilhões de reais. Apesar da alta, o desempenho semanal tende a ser negativo.
No exterior, uma trégua no rali recente no mercado de títulos da dívida norte-americana e expectativa de estímulos econômicos na China traziam alívio às bolsas no exterior, com o S&P 500 .SPX em alta de 1,2%. acordo com o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group, investidores permanecem nervosos após a inversão da curva de juros 2-10 anos, um alerta de recessão difícil de ignorar, mas o alívio nos Treasuries está ajudando.
Do lado do embate comercial EUA-China, Lawler também observa que, por ora, as tensões recuaram da beira do abismo, ajudando a reduzir a aversão a ativos de risco, conforme nota a clientes.
A B3 divulgou nesta sexta-feira a segunda prévia para o Ibovespa que irá vigorar no último quadrimestre do ano, com a entrada das ações da operadora de saúde Notre Dame Intermédica Participações GNDI3.SA , já presentes na primeira preliminar do índice. Ainda será publicada uma última prévia para a carteira do índice.
DESTAQUES
- HYPERA HYPE3.SA valorizava-se 4,5%, tendo de pano de fundo relatório de analistas do UBS, elevando a recomendação da ação para 'compra', com preço-alvo de 39 reais, citando entre os argumentos potencial 'upside' a partir de planos de inovação.
- B3 B3SA3.SA tinha elevação de 4,3%, entre os principais suportes para o desempenho positivo, apoiada em números melhores sobre negociação pelo menos no segmento Bovespa.
- CEMIG PN CMIG4.SA subia 4,25%, após divulgar lucro líquido de 2,1 bilhões de reais no segundo trimestre, ante prejuízo de 10,9 milhões de reais um ano antes, com ajuda de receitas de créditos tributários e ganhos financeiros. BRF BRFS3.SA avançava 1,4%, tendo de pano de fundo a possibilidade de a empresa captar recursos via emissão de dívida ao invés de uma oferta de ações subsequente, conforme publicado no jornal O Estado de S. Paulo.
- KROTON KROT3.SA caía 2,7%, no quarto pregão seguido de perdas, que foram amplificadas pela divulgação do balanço do segundo trimestre nessa semana, que ficou aquém das expectativas no mercado. YDUQS (ex-Estácio) recuava 2,5%. VIA VAREJO VVAR3.SA perdia 5,6%, em nova sessão de ajustes, após divulgação do balanço trimestral, que, conforme analistas e dentro do esperado, não mostrou grandes melhorias do ponto de vista operacional. MAGAZINE LUIZA MGLU3.SA subia 1%.
- MARFRIG MRFG3.SA caía 1,8%, tendo no radar relatório de analista do JPMorgan (NYSE:JPM) cortando a recomendação do papel para 'neutra', citando valorização recente da ação, além desafios para atingir guidance de fluxo de caixa livre.
- PETROBRAS PN PETR4.SA subia 0,9%, em movimento alinhado ao desempenho do petróleo no mercado externo.
- VALE VALE3.SA tinha variação positiva de 0,05%, em sessão de nova queda nos contratos futuros de minério de ferro negociados na China. ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA valorizava-se 1,5%, também servindo como relevante suporte ao Ibovespa, enquanto BRADESCO PN BBDC4.SA tinha elevação de 0,7%.
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(Edição Alberto Alerigi Jr.)