LISBOA, 6 Fev (Reuters) - A obra ferroviária na Tanzânia ganha pelo consórcio integrado pela Mota-Engil MOTA.LS deverá ajudar a melhorar os resultados operacionais da maior construtora portuguesa em África e pode gerar margens EDITDA superiores a 20 pct, segundo o Caixa Banco de Investimento que vai rever as estimativas para a empresa.
A maior construtora portuguesa anunciou que o consórcio, em partes iguais que com a Yapi Merkezi, foi escolhido para construir uma linha ferroviária de 202 quilómetros, ligando a Tanzânia ao Burundi e ao Rwanda.
O valor total do contrato ascende a 1.030 milhões de dólares e os trabalhos para o projeto em regime 'design and build' deverão iniciar-se em Março e estender-se por 30 meses. anúncio da Mota-Engil contém um desenvolvimento positivo para a empresa. Dá também suporte à nossa visão para o título e tem a capacidade de melhorar os resultados operacionais do segmento África até 2019, pelo menos", referiu José Mota Freitas, analista do Caixa BI.
"Também esperamos que a Mota venha a gerar margens EBITDA superiores a 20 pct com a execução deste contrato, com impacto limitado nas necessidades de fundo de maneio", frisou.
Realça que "esta notícia tem o efeito positivo adicional de relembrar os investidores que a Mota-Engil se encontra perfeitamente posicionada para beneficiar das decisões de construção de grandes infraestruturas nos países africanos".
"Tem o know-how, a capacidade e um excelente histórico na região; se e quando o ciclo das 'commodities' se tornar claramente positivo, esperamos que o apelo exercido pela região aos investidores internacionais venha a aumentar significativamente".
"Em breve iremos proceder à revisão das estimativas para a empresa, passando a considerar o impacto deste novo contrato na avaliação da Mota-Engil, entre outras alterações", acrescentou este analista do Caixa BI.
As acções da Mota-Engil seguem a descer 1,94 pct, após terem disparado 5 pct na sessão anterior.
Nota: Esta Recomendação de Investimento foi distribuída aos clientes do Caixa BI a 6 de Janeiro de 2017.
O leitor deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou.
(Por Patrícia Vicente Rua, Editado por Daniel Alvarenga)