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Caixabank conclui com sucesso 'takeover' BPI, passa deter 84,5 pct capital

Publicado 08.02.2017, 16:55
Atualizado 08.02.2017, 17:00
© Reuters.  Caixabank conclui com sucesso 'takeover' BPI, passa deter 84,5 pct capital
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LISBOA, 8 Fev (Reuters) - O espanhol Caixabank CABK.MC concluiu com sucesso o 'takeover' sobre o BPI BBPI.LS , passando a controlar 84,52 pct do capital do segundo maior banco cotado de Portugal, anunciou a Euronext Lisbon.

Nesta Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral sobre o BPI, do qual já era o maior accionista com 45,5 pct, o banco espanhol tinha estabelecido como condição de eficácia da OPA a obtenção de mais de 50 pct do capital do BPI.

Pedro Wilton, responsável do 'listing' da Euronext Lisbon referiu que o total adquirido pelo oferente durante o prazo da OPA através do serviço de centralização de bolsa foi 568.362.308 acções, equivalentes a 39,02 pct dos direitos de voto.

"Após o resultado dest oferta, o Caixabank passa a deter 84,52 pct dos direitos de voto do BPI", disse Pedro Wilton.

Adiantou que "é intenção do oferente manter as acções da visada admitidas em mercado regulamentado na sequência da oferta".

"A operação ocorreu em termos absolutamente normais e neste sentido consideramos que foi bem sucedida", disse a Presidente da CMVM, Maria João carioca.

Desde há cerca de dois anos que o Caixabank tentava controlar o BPI, mas teve sempre a feroz oposição da segunda maior accionista, a empresária angolana Isabel dos Santos, que, contudo, acabou agora por vender os 18,6 pct directos que detinha.

Isabel dos Santos, através do banco BIC, tinha mais 2,28 pct do BPI.

A mudança de posição da filha do presidente de Angola, seguiu-se ao acordo firmado com o BPI para a telecom angolana Unitel ficar com o controlo do Banco de Fomento Angola (BFA).

O BPI vendeu dois pct do BFA à Unitel - que tem Isabel dos Santos como accionista-chave - e esta telecom passou a controlar 51,9 pct, enquanto o banco português reduziu para 48,1 pct e passou a cumprir a exigência do Banco Central Europeu (BCE) que reduzisse a exposição excessiva àquele país africano.

Desde Dezembro de 2014, o BCE vinha exigindo ao BPI que reduzisse a sobre-exposição aos riscos de Angola, país que as autoridades europeias deixaram de considerar ter a mesma equivalência de supervisão. Tal implicou passar a ponderar aquele risco a 100 pct, quando antes o BPI tinha apenas de provisionar entre zero pct e 20 pct da exposição.

O Caixabank prevê uma redução de custos de 84 milhões de euros (ME) por ano resultante de sinergias com a integração do BPI, que incluirão 45 ME relativas a despesas com pessoal e envolverão a saída de cerca de 900 colaboradores. O banco espanhol estima sinergias de receitas da ordem dos 35 ME antes de impostos.

O lucro do BPI disparou 32,5 pct em 2016 para 313,2 milhões de euros (ME), suportado no robusto aumento da margem financeira e na descida das imparidades de crédito malparado.

A actividade doméstica teve um contributo de 147 ME para o resultado, mais 58 pct que em 2015; enquanto a área internacional, na qual se destaca o Banco de Fomento Angola (BFA), contribuiu com 166,3 ME, mais 23 ME que em 2015.

O Return on Equity (ROE) consolidado fixou-se em 13,4 pct, com a actividade doméstica a ter uma rentabilidade dos capitais próprios de somente 7,7 pct, enquanto o BFA teve um ROE de 41,4 pct.

O rácio 'Common Equity Tier 1' (CET1) 'phased in' situou-se em 11,4 pct no final de 2016 e o CET1 'fully implemented' em 11,1 pct, contra 9,8 pct há um ano atrás.

Para atingir um rácio de capital total de 12 pct - que decorre do mínimo SREP de 11,75 pct acrescido de buffer de 0,25 pct - o BPI tem de fazer uma emissão de dívida subordinada no valor de 206 ME. (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)

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