Investing.com - De olhos postos nos Estados Unidos, os investidores aliviaram a pressão sobre as praças europeias de referência. Esta quinta-feira as bolsas do velho continente ganharam um novo fôlego e Lisboa não foi exceção.
O cenário de um eventual entendimento e um compromisso entre democratas e republicanos sobre o aumento do limite máximo da dívida ganha consistência e poderá impedir um incumprimento da dívida da maior economia do mundo a partir do dia 17 de outubro.
Neste contexto, o PSI20 somou 0,67%, para os 6.066,30 pontos, com 14 cotadas em alta e seis em baixa.
A contribuir para este desempenho esteve o setor financeiro, a prolongar a tendência da véspera, fortemente animada pelo BES. A instituição liderada por Ricardo Salgado brilhou ao longo da sessão e somou 3,2% com as ações a negociarem a 1 euro. Também em alta, os papéis do BCP apreciaram 1,98% para 0,103 euros, em linha com a valorização de 0,38% do ESFG para 5,22 euros. Os títulos do Banif subiram 10% para 0,011 euros.
A Sonae Indústria liderou os ganhos no mercado nacional, apreciando 7,22% para 0,594 euros. A casa mãe fechou a negociar nos 0,97 euros com um ganho de 3,08%. Na família Sonae só a Sonaecom o otimismo, regredindo 0,71% para 2,234 euros. Não foi caso único no setor das telecomunicações porque a Portugal Telecom também recuou 3,24% para 3,377 euros. A Zon Optimus impediu maiores perdas ao avançar 0,63% para 4,78 euros.
Entre as energéticas a tendência também foi mista, com a Galp e a EDP Renováveis a somarem 0,28% e 0,95% para cotar nos 12,325 euros e 3,828 euros respetivamente. As ações da casa mãe cederam 0,41% para 2,458 euros. A EDP continua a refletir o anúncio do Governo da criação de uma taxa extraordinária com vista a diminuir as rendas pagas aos produtores de energia.
A impedir maiores perdas na praça lisboeta estiveram a Altri, a somar 2,66% para 2,043 euros, e o peso pesado Jerónimo Martins a avançar 1,66% para 14,095 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50 consolidou os ganhos do início da jornada para os 2.969,41 pontos, com uma subida de 2,23%. Em Madrid, o IBEX brilhou com uma valorização de 2,35%, acompanhado de perto pelos 2,21% do CAC francês. O DAX alemão apreciou 1,99% e o MIB italiano 1,54%. O Footsie londrino fechou nos 1,46%.
No rescaldo da nomeação de Janet Yellen para a presidência da Reserva Federal dos Estados Unidos, Wall Street acordou em alta e assim se mantinha com o índice industrial a subir 1,6% e o tecnológico Nasdaq 1,92%. O S&P500 avançava 1,71%.
Os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho deixavam antever uma abertura em queda dos principais índices bolsistas norte-americanos. Hoje ficou a saber-se que os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA aumentaram para 374 mil na semana terminada no último sábado. Os números revelam um acréscimo de 66 mil em relação à semana anterior.
Ainda assim, o cenário de um entendimento que termine com o “shutdown” acabou por sobrepor-se. Esta quinta-feira, o presidente Barack Obama irá reunir-se com os líderes do partido Republicano para encontrar um possível acordo de curto prazo e evitar o incumprimento.