Investing.com - A bolsa de Lisboa arrancou a semana no "vermelho", alinhada com as congéneres europeias, contrariando o otimismo da última sessão. À medida que a jornada avançava, o PSI20 cedia 0,71% para 5.982,97 pontos, com apenas duas cotadas em alta, 15 em baixa e três inalteradas.
Lisboa acompanha o desempenho externo europeu. No velho continente, os investidores continuam a refletir os receios face a um cenário de incumprimento por parte dos Estados Unidos, caso não seja definido um acordo para o teto da dívida até 17 de outubro.
John Boehner, o líder dos congressistas republicanos garantiu que o partido não irá aprovar um limite do limite legal do endividamento do país enquanto o presidente Barack Obama não iniciar negociações sérias para a redução do défice público.
À falta de entendimento entre democratas e republicanos, o "shutdown" persiste, mantendo-se a paralisação parcial do Governo.
Por cá, eram os títulos da EDP que mais castigavam o mercado nacional. As ações da elétrica regrediam 1,55% para 2,546 euros. Na semana passada, o Governo anunciou que vai criar uma taxa extraordinária com vista a diminuir as rendas pagas aos produtores de energia. Também em queda, os títulos da subsidiária EDP Renováveis cediam 0,13% para 3,778 euros. A acompanhar a tendência das congéneres do setor energético, os papéis da Galp Energia escorregavam 0,16% para 12,41 euros.
O sentimento negativo era transversal ao setor das telecomunicações. Portugal Telecom e Zon Optimus depreciavam 0,92% e 0,89% para os 3,428 euros e 4,668 euros respetivamente. As ações da Sonaecom negociavam nos 2,127 euros, a deslizar 1,07%.
As restantes cotadas do universo Sonae estendiam as perdas na praça lisboeta, com a casa mãe a desvalorizar 1,08% para 0,916 euros e a Sonae Indústria a recuar 0,18% para 0,561 euros.
A impedir maiores ganhos estava ainda o peso pesado Jerónimo Martins, a regredir 0,21% para 14,33 euros.
O setor da banca seguia em zona mista. Ao início da sessão destacava-se pela negativa, depois de na semana passada ter beneficiado da avaliação positiva da "troika", que contribuiu para a diminuição dos receios em relação a Portugal.
BES e BPI estavam em destaque pela positiva, com valorizações de 0,11% para 0,908 euros e de 0,2% para 1,002 euros. Os papéis do BCP cediam 1,01% para 0,098 euros e os do BANIF 9,09% para 0,01 euros. As ações do ESFG mantinham-se sem variação nos 5,22 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50, que reúne as principais empresas da zona euro, cedia 1,09% para 2.896,44 pontos.
O CAC francês destacava-se pela negativa com uma queda de 1,23%, acompanhado de perto pelo DAX alemão a depreciar 1,22%.
O IBEX madrileno perdia 0,78% e o MIB italiano 0,33%. O FTSE londrino cedia 0,74%.