China coloca Evergrande na linha: Estas são as prioridades

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Por Laura Sánchez

Investing.com - Os reguladores financeiros em Pequim emitiram um conjunto de instruções ao gigante imobiliário China Evergrande Group (HK:3333). Entre eles, o grupo deve concentrar-se na conclusão de propriedades inacabadas e no reembolso dos seus pagamentos aos investidores, evitando ao mesmo tempo um incumprimento a curto prazo das obrigações.

Numa reunião com representantes da Evergrande, os reguladores disseram que a empresa deveria comunicar proactivamente com os detentores de obrigações para evitar um incumprimento, relata a Bloomberg citando uma fonte próxima.

A Evergrande tem uma dívida de $83,5 milhões de dólares que vence hoje, com um período de carência de 30 dias para efetuar o pagamento.

Não há qualquer indicação de que os reguladores tenham oferecido apoio financeiro à Evergrande para o pagamento das obrigações, e não é claro se os funcionários acreditam que a empresa deveria eventualmente impor perdas aos credores offshore, nota a Bloomberg.

Esta "orientação" regulamentar oferece poucas pistas sobre qual poderá ser a resolução da situação da Evergrande, mas sugere que o governo da China quer evitar um colapso iminente que travaria o crescimento económico do país.

Qualquer sinal de que Pequim está a tomar medidas para dar à Evergrande mais tempo para gerir os seus problemas de dívida pode calmar os nervos dos investidores na China e em todo o mundo.

Embora a crise da Evergrande possa ser atribuída em parte à campanha do Presidente Xi Jinping para controlar as empresas imobiliárias "excessivamente alavancadas" e desencorajar o risco moral, é pouco provável que o seu governo se congratule com um incumprimento desordenado que possa ameaçar a estabilidade económica e social.

As grandes injeções de dinheiro no sistema financeiro pelo Banco Popular da China nos últimos dias sugerem que os decisores políticos já estão concentrados no reforço da confiança.

Recordamos que a Evergrande informou ontem que chegou a um acordo para pagar a dívida obrigacionista chinesa, mas ainda tem a outra dívida em dólares pendente. Ambos vencem hoje.