LISBOA, 4 Ago (Reuters) - A EDP (SA:ENBR3) EDP.LS passou a controlar 82,6 pct da EDP Renováveis EDPR.LS após a Oferta Pública de Aquisição sobre os 22,5 pct que não detinha naquela 'utility', uma participação insuficiente para dar à casa-mãe o direito de retirar de Bolsa as acções como pretendia, anunciou a Euronext numa apresentação com o apuramento dos resultados.
A contrapartida total paga foi 296,4 ME, tendo ficado 17,5 pct da EDPR por adquirir.
A casa-mãe EDP tinha dito que, se obtivesse mais de 90 pct, queria o 'delisting' da EDPR.
O preço oferecido foi 6,75 euros por cada acção da EDPR, um valor que gerou protestos de alguns accionistas minoritários, como o Fundo MFS-Massachusetts Financial Services, que alegaram ser uma contrapartida injustamente baixa.
A liquidação financeira está prevista para 8 de Agosto.
A 6 de Julho, o CEO da EDP António Mexia disse em entrevista à Reuters que o preço da OPA era justo e que queria explorar opções de maior integração como uma fusão das duas 'utilities', se não conseguir mais de 90 pct dos direitos de voto daquela subsidiária.
"Mesmo que o patamar de 90 pct não seja alcançado, a EDP considera a revisão da actual relação societária existente com a EDPR, explorando opções para maior integração entre as sociedades, o que pode incluir, entre outras, a opção por uma potencial fusão entre a EDP e a EDPR", disse na altura o CEO António Mexia. EDP tinha dito que o objectivo da operação era "potenciar o aumento da eficiência global do grupo societário da oferente" e "simplificar o 'Equity Story' da oferente no mercado de capitais europeu".
(Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)