MILO, 22 Mar (Reuters) - Um juiz italiano ordenou ao ex-presidente do Monte dei Paschi di Siena BMPS.MI que enfrente um julgamento no caso de suposta usura, segundo um documento judicial.
A decisão de um juiz da cidade de Lagonegro, no sul da Itália, diz respeito às taxas de juro que o banco aplicou aos empréstimos concedidos a um concessionário de carros entre 2001 e 2013 e que, segundo os promotores, foram superiores ao nível máximo permitido pela legislação italiana.
Alessandro Profumo foi nomeado presidente do banco toscano em 2012 e renunciou em 2015. O juiz disse no documento, que é datado de 1 de Março mas que se tornou público apenas na quarta-feira, que Profumo foi indiciado pelo seu papel que tinha como representante legal do banco toscano.
Os advogados de Profumo, Adriano Raffaelli e Francesco Mucciarelli, disseram à Reuters que estavam confiantes de que ele seria absolvido de todas as acusações.
Um porta-voz de Profumo disse que as contas correntes abertas pelo concessionário de carros e os empréstimos concedidos ao mesmo pelo banco foram assinados antes de Profumo se tornar presidente do banco.
Na semana passada, o Tesouro de Itália propôs nomear Profumo como novo CEO do grupo de defesa Leonardo LDOF.MI , controlado pelo Estado.
Texto integral em inglês: (Reportagem por Sara Rossi (SA:RSID3) e Stefano Bernabei; traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)