LISBOA, 5 Set (Reuters) - A Bolsa de Lisboa .PSI20 deverá abrir em alta com as pares europeias, após as principais praças asiáticas terem registado ganhos, numa sessão em que as acções do BPI BBPI.LS estarão suspensas pois o banco realiza uma nova Assembleia Geral para discutir o limite de votos.
Os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e os do francês CAC FCEc1 sobem entre 0,17 pct e 0,39 pct.
Na sessão anterior, o PSI20 subiu 0,35 pct, numa sessão em que os pares europeus fecharam mistos, apoiado pela EDP (SA:ENBR3) EDP.LS e o disparo da Pharol PHRA.LS , enquanto a possibilidade do Caixabank desistir do 'bid' sobre o BPI BBPI.LS castigaram o banco português.
A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu suspender a negociação das acções do BPI esta manhã, até à divulgação de informação relevante sobre o emitente.anunciou o regulador em comunicado. P4N19T03B
Os accionistas do banco a reunirem às 1000 horas numa Assembleia Geral para deliberar sobre a desblindagem dos votos, condição 'sine qua non' para o sucesso da vigente OPA do Caixabank CABK.MC sobre o BPI a 1,113 euros.
A portuguesa Violas Ferreira Financial (VFF), que detém 2,7 pct do BPI, tinha conseguido suspender uma AG a 22 de Julho devido a uma providência cautelar.
A AG tinha sido convocada para acabar com o limite máximo de 20 pct dos votos, e a suspensão atrasou um passo crucial para o 'bid' do Caixabank pelo banco português.
Ontem, os títulos do BPI desceram 2,6 pct para 1,085 euros, com o receio dos investidores que o maior accionista CaixaBank retire o seu 'bid' devido a dificuldades em superar os vários imbróglios judiciais.
A Pharol escalou 17,3 pct. A maior accionista da Oi OIBR4.SA , beneficiou da perspectiva de maior visibilidade sobre a futura posição dos accionistas da telecom brasileira.
A Oi informou, entretanto, que o seu conselho de administração aprovou o plano de recuperação judicial das empresas do grupo e a sua apresentação à 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo o facto relevante divulgado pela Oi, o plano define as condições para as medidas a serem adotadas para superar a actual situação do grupo e à continuidade das actividades, que deve incluir reestruturação do passivo, obtenção de novos recursos e possível venda de activos.
(Por Shrikesh Laxmidas)