LISBOA, 24 Out (Reuters) - A Bolsa deverá abrir em leve alta e os juros da dívida da soberana recuam após a agência de notação DBRS ter decidido manter o 'rating' de Portugal em grau de investimento na sexta-feira passada, segundo dealers.
Esta manhã, os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e os do francês CAC FCEc1 seguem a subir entre 0,25 e 0,5 pct.
A agência de notação Fitch cortou o 'outlook' que atribui a Itália na sexta-feira, referindo que o fraco crescimento, elevado endividamento e resultado incerto de um referendo sobre a constituição representam riscos para a terceira maior economia da zona euro. no caso de Portugal, também na sexta-feira passada, a DBRS reiterou a notação em BBB (low) e perspectiva estável. A agência garantiu assim que o soberano continua elegível para o crucial programa de compras de dívida do BCE, mas alertou sobre o baixo potencial de crescimento da economia e a elevada dívida. Governo reagiu, afirmando que a decisão da DBRS confirma que a estratégia de consolidação das finanças públicas do Governo é correcta e aumenta a confiança dos mercados.
* A retalhista Jerónimo Martins JMT.LS divulgou na sexta-feira, após o fecho.
O lucro da Jerónimo Martins mais que triplicou para 330 milhões de euros (ME) no terceiro trimestre de 2016, apoiado em substanciais ganhos 'one off' com a venda da subsidiária Monterroio, mas saiu abaixo do esperado pelos analistas, com a margem da retalhista a estabilizar. termos homólogos, o EBITDA - lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações - cresceu 6,5 pct para 239 ME e as vendas expandiram 7,1 pct para 3.780 ME, ambos praticamente em linha com o previsto.
Uma Poll da Reuters previa lucro de 343 ME, EBITDA de 240 ME e receitas de 3.732 ME.
Hoje, os títulos do Millennium BCP BCP.LS começam a negociar após a fusão das acções, com a aplicação de um quociente de reagrupamento de 1 para 75.
A Goldman Sachs cortou o preço alvo que atribui aos CTT CTT.LS para 8,7 euros, de 9 euros antes.
Dados relativos ao crescimento no terceiro trimestre nos Estados Unidos e Reino Unido serão conhecidos esta semana e escrutinados pelos investidores.
Se, na sexta-feira, o crescimento nos Estados Unidos desiludir, tal reduzirá a probabilidade da Reserva Federal aumentar as taxas de juro em Dezembro, algo que o mercado coloca actualmente com cerca de 70 pct de chances.
Os dados do PIB do Reino Unido serão conhecidos quinta-feira e reportam aos três meses imediatamente a seguir ao voto do Brexit em Junho. (Por Daniel Alvarenga)