LISBOA, 20 Set (Reuters) - A Bolsa deverá abrir em leve queda, com os investidores em modo 'esperar para ver', aguardando as conclusões das reuniões de política monetária da Reserva Federal e do Banco do Japão que vão ambas terminar quarta-feira, segundo operadores.
"O mercado está mais nervoso sobre o Banco do Japão do que em relação à Fed pois pode surpreender o mercado", disse Yutaka Miura, um analista técnico sénior da Mizuho Securities.
* O Banco do Japão poderá fazer mudanças substanciais de política monetária, aplicando novos cortes de taxas, para terreno ainda mais negativo, apesar dos problemas potenciais que pode criar para o sector financeiro.
* Os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e os do francês CAC FCEc1 descem entre 0,06 e 0,2 pct pct.
* O BPI volta a reunir em Assembleia Geral para votar o fim dos limites de voto e permitir ao Caixabank CABK.MC avançar com o seu 'takeover' a 21 de Setembro, quarta-feira.
A forte subida dos títulos do banco de ontem deveu-se à maior probabilidade dos accionistas do BPI aprovarem o fim dos limites após a Holding Violas Ferreira, um dos principais opositores da operação, confessar não ter 'poder de fogo' para combater a OPA. Ontem, as acções do Millennium bcp BCP.LS afundaram para um mínimo de sempre após a saída do título do índice Stoxx 600 na sexta-feira, levando os fundos que seguem este índice pan-europeu a vender as acções do banco português.
* A Reserva Federal (FED) reúne esta semana, terça e quarta feira, e deverá ser palco de um aceso debate, podendo dar um claro sinal no sentido de uma subida de taxas de juro, mesmo que o Banco Central dos Estados Unidos siga a expectativa do mercado e mantenha as taxas inalteradas para já. Ontem, numa resposta a perguntas da Reuters, o Banco de Portugal disse que o programa do BCE é calibrado periodicamente com base em estimativas de compras em cada país e o 'outstanding' de obrigações elegíveis de modo a que as compras continuem até o final do programa, ou pelo menos até Março de 2017. (Por Daniel Alvarenga)