LISBOA, 8 Abr (Reuters) - A petrolífera Galp Energia GALP.LS vai reduzir o investimento e as despesas operacionais em mais de 1.000 milhões de euros no conjunto dos anos 2020 e 2021, devido à queda da procura e à quebra dos preços dos produtos petrolíferos, anunciou a empresa.
No plano estratégico, anunciado em Fevereiro, a Galp tinha anunciado um investimento líquido entre 1 e 1,2 mil ME, em média, por ano até 2022, bem como um crescimento anual de 10% no dividendo entre 2019 e 2021. a queda acentuada da procura e dos preços dos produtos petrolíferos, a Galp encontra-se a desenvolver ações com vista a reduzir significativamente as despesas nos próximos trimestres", referiu em comunicado.
"Algumas das iniciativas estão já em curso, sendo outras implementadas de acordo com a evolução do mercado. Comparando com a guidance publicada anteriormente, é agora esperado que as despesas operacionais e de investimento (opex e capex) sejam reduzidas em mais de 500 milhões de euros (ME), por ano, durante 2020 e 2021", acrescentou.
Os futuros para o barril de Brent LCOc1 , referência para as importações portuguesas, seguem a negociar nos 32 dólares, cerca de metade dos 66 dólares a que fecharam o ano de 2019, devido à queda dos preços e da procura, tendo em conta as medidas de restrição e confinamento que a maioria dos países está a implementar para combater a propagação do surto do novo coronavírus.
A 'oil&gas' anunciou esta manhã, os dados operacionais relativos aos primeiros três meses deste ano, tendo a produção atingido 118,1 mil barris de petróleo por dia no primeiro trimestre, o que corresponde a uma subida homóloga de 19% e uma queda de 3% face ao trimestre anterior.
No negócio da refinação, a margem desceu 19% em termos homólogos e 43% em cadeia para 1,9 dólares por barril. As vendas de produtos petrolíferos a clientes no primeiro trimestre desceram 10% para 1,8 milhões de toneladas comparativamente ao quarto trimestre.
A Galp apresenta os seus resultados trimestrais a 27 de abril, antes da abertura da bolsa de Lisboa. As acções da petrolífera descem 2% para 9,822 euros.
(Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)