Por Sergio Goncalves
LISBOA, 22 Jan (Reuters) - A petrolífera portuguesa Galp Energia GALP.LS tornou-se o líder ibérico da produção de energia fotovoltaica, após a aquisição de parques e projectos da espanhola ACS com uma capacidade instalada de 2,9 GW e um valor de 2,2 mil milhões de euros (ME) até 2023.
Em comunicado, a Galp afirmou que os activos adquiridos incluem parques fotovoltaicos já em operação com uma capacidade instalada de 900 MW e projetos em desenvolvimento ou em licenciamento.
Explicou que "o acordo inclui a aquisição, desenvolvimento e construção de projectos até um valor total estimado de 2,2 mil ME até 2023".
Destacou que assim a Galp se torna o "principal produtor de energia solar da Península Ibérica".
"Damos desta forma um passo significativo na concretização do compromisso para uma transição rumo a uma economia de baixo carbono", afirmou Carlos Gomes da Silva, CEO da Galp.
"Este acordo reforça a posição da Galp enquanto empresa integrada de energia, materializando os seus guidelines estratégicos para o reforço de um portefólio competitivo de renováveis e novos negócios", adiantou.
A Galp tenciona financiar os restantes desenvolvimentos no período 2020-23 em project finance e "antecipa oportunidades para realizar uma potencial parceria para os negócios de renováveis".
A conclusão do negócio deverá ocorrer no segundo trimestre de 2020, ainda sujeito a certas condições habituais, prevendo-se na altura o pagamento de 450 ME e a assunção de um passivo de 430 ME decorrente do project finance dos parques em operação.
"Esta aquisição permitirá integrar e desenvolver, em parceria com uma empresa que é líder mundial na implementação de projetos, um portefólio solar de última geração que vai acelerar o crescimento na área das renováveis e novos modelos de negócio", destacou Susana Quintana-Plaza, Administradora da Galp com este pelouro.
Esta transação está alinhada com o objetivo estratégico assumido pela Galp de alocar cerca de 40% do seu investimento a oportunidades relacionadas com a transição energética.
O investimento médio líquido anual da empresa até 2022 mantém-se dentro do intervalo previsto, isto é, em média, entre 1,0 mil ME e 1,2 mil ME por ano. (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Catarina Demony)