Por Kate Holton
LONDRES, 21 Mar (Reuters) - A Google GOOGL.O prometeu 'policiar' melhor os seus sites ao elevar o número de funcionários e rever as suas políticas após várias companhias lhe terem virado as costas à gigante de tecnologia após anúncios apareceram em vídeos ofensivos.
Nos últimos dias, a Google esteve no centro de turbulências no Reino Unido, após grandes empresas, incluindo bancos e grupos de retalho, retirarem os seus anúncios do YouTube depois dos mesmos terem sido exibidos com vídeos de mensagens homofóbicas e antissemitas.
Na sexta-feira, a Google começou a analisar o problema. A gigante desculpou-se na segunda-feira e disse nesta terça-feira que reformulou as políticas para dar aos anunciantes um maior controle sobre as campanhas.
A empresa, que teve dificuldades em monitorizar as 400 horas de vídeos enviadas para o YouTube a cada minuto, disse que vai contratar um número significativo de novos funcionários e acelerar o processo de remoção de anúncios de conteúdo ofensivo que ataque pessoas com base na sua cor, religião ou gênero.
"Nós acreditamos que a combinação dessas novas políticas e controles vai reforçar significativamente a nossa capacidade para ajudar os anunciantes a atingir audiências em escala, respeitando ao mesmo tempo os seus valores", disse Philipp Schindler, director de negócios da Google, num blog.
O Reino Unido é o maior mercado da Google fora dos Estados Unidos, gerando 7.800 milhões de dólares principalmente com anúncios em 2016, ou quase 9 por cento da receita global da gigante de tecnologia. (Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)