LISBOA, 14 Out (Reuters) - O Governo de Portugal quer reduzir os custos com as elevadas remunerações dos produtores de energia convencional e renovável, que prejudicam a competitividade empresarial e oneram as famílias, estando a fazer uma análise rigorosa dos contratos, disse o primeiro-ministro, António Costa.
A incerteza regulatória na Ibéria é um dos riscos para as perspectivas das acções da EDP (SA:ENBR3) EDP.LS , EDP Renováveis EDPR.LS , Galp GALP.LS e REN RENE.LS , segundo analistas.
No debate parlamentar lembrou que "muitos destes contratos estão em fim de contratualização", frisando: "portanto, parte importante dessas rendas desaparecerão e deixarão de onerar a actividade produtiva".
"Acompanhamos a preocupação da necessidade da redução dos custos energéticos do nosso sector produtivo. Essa redução, quer para as empresas quer para as famílias, é uma preocupação", disse António Costa, respondendo a uma questão do Secretário-Geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa.
"Estamos a fazer uma avaliação muito rigorosa do quadro contratual, quer relativamente às produções convencionais, quer produções com energias renováveis. Temos de ir fazendo melhorias incrementais que permitam ir melhorando a situação", afirmou.
Adiantou que as medidas tomadas já em 2016 permitiram decuplicar o número de famílias abrangidas pela tarifa social para 700.000, mas que é preciso fazer mais.
Lembrou que hoje a reguladora do sector ERSE anunciará as novas tarifas de energia.
"Aguardamos com expectativa verificar qual será a tarifa fixada este ano", disse António Costa. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)