LISBOA, 6 Mar (Reuters) - Os trabalhadores da maior refinaria de petróleo operada pela Galp Energia GALP.LS deram início a uma greve de um mês no dia 1 de Março, cortando a produção nas instalações de Sines em cerca de 25 a 30 pct, disseram dirigentes sindicais.
A Galp não quis comentar. Durante greves similares no passado, a produção não foi afectada significativamente.
Os funcionários em greve disseram que a empresa de petróleo e gás não conseguiu retomar um acordo colectivo de trabalho, ou negociar melhores salários, benefícios sociais e de saúde.
"Em Sines a produção das principais unidades estão nos 60 pct", disse Miguel Bravo, do sindicato Fiequimetal. "Estimamos que o impacto na margem seja de 25 a 30 pct de redução que corresponde a 15-20 milhões de euros".
Sines, no sul de Portugal, produz 220 mil barris por dia. Os trabalhadores da segunda refinaria portuguesa da Galp, em Matosinhos, que tem cerca de metade da capacidade, devem entrar em greve a partir de 15 de Março, informou o sindicato.
Em comunicado enviado à Reuters, Miguel Bravo disse que a greve também está a ter impacto sobre as exportações. Em declarações à agência Lusa, o sindicato disse que a Galp registou uma perda de 36 milhões de euros (40,69 milhões de dólares) nas exportações devido à greve que se desenrolou durante os primeiros três meses de 2019.
As ações da Galp subiram 0,47 pct.
História completa em inglês (Por Catarina Demony Traduzido para português por Gonçalo Almeida Editado em português por Catarina Demony)