🤑 Uma oportunidade única. Aproveite esta oferta de um desconto de 60% na Black Friday antes que desapareça...OBTER OFERTA

CÂMBIO-Real tem pior desempenho do mundo com agravamento da pandemia minando perspectivas

Publicado 24.03.2021, 20:51
© Reuters.
EUR/USD
-
US500
-
DJI
-
BARC
-
USD/BRL
-
BRBY
-
MS
-
IXIC
-
IBOV
-
DIJF27
-

(Texto atualizado com mais informações)

Por José de Castro

SÃO PAULO, 24 Mar (Reuters) - O dólar saltou 2,20% nesta quarta-feira e registrou a maior alta diária em seis meses, voltando a ficar acima de 5,60 reais, num movimento puxado pela piora da percepção de risco relacionado ao Brasil à medida que a pandemia explode no país e ameaça a perspectiva de retomada econômica e de debate sobre reformas.

O Morgan Stanley (NYSE:MS) rebaixou a previsão de crescimento da economia brasileira de 4,3% para 3,5% em 2021, citando impactos justamente do agravamento da crise sanitária, além da persistente incerteza fiscal e, agora, inflacionária.

Com o rali desta sessão, o dólar zerou as perdas acumuladas desde a semana passada, quando o Banco Central surpreendeu ao elevar os juros em ritmo mais forte que o imaginado.

O dólar à vista BRBY fechou esta quarta cotado a 5,6380 reais na venda. A alta de 2,20% é a mais forte desde 18 de setembro de 2020 (+2,77%).

A moeda mostrou grande oscilação entre a mínima (5,491 reais, queda de 0,47%) e a máxima (5,6435 reais, ganho de 2,30%).

Mas a menor cotação do dia foi registrada logo no começo do pregão. Já na sequência, o dólar entrou numa gradual e estável rota ascendente, alcançando os picos intradiários já perto do encerramento dos negócios no mercado à vista.

"Existe um incômodo com fiscal, dívida e a pandemia em aceleração", disse Joaquim Kokudai, gestor na JPP Capital. "A percepção do estrangeiro em relação ao Brasil realmente está ruim", completou.

Evidência disso, segundo o gestor, foi mais um dia de salto nas taxas de juros dos contratos de DI da B3 0#DIJ: , que chegaram ao fim da tarde em altas de até 30 pontos-base.

A inclinação entre os DIs janeiro 2027 DIJF27 e janeiro 2023 DIJF23 --uma medida de percepção de risco-- saltou a 212,5 pontos-base nesta quarta, de 201 pontos-base da terça e bem acima do nível de 170 pontos-base do dia 18 de março, quando o prêmio de risco na curva caiu após o BC elevar inesperadamente a Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,50% ao ano.

Mesmo o Ibovespa .BVSP , que resistiu em alta durante boa parte da sessão, acabou virando para queda de 1,06% no fechamento.

O mal-estar no mercado brasileiro também teve componente externo, já que as praças em Wall Street .SPX .DJI .IXIC caíram e o dólar subiu frente a uma cesta de rivais =USD , mas a intensidade das perdas aqui voltou a ser maior. O real teve, de longe, o pior desempenho no mundo nesta quarta, e o Ibovespa contrariou o sinal da maioria de seus pares latino-americanos, que fechou em alta.

Causou ruído decisão do Ministério da Saúde de promover mudanças em registros de morte por Covid-19, suspensa posteriormente devido a pressão de governadores. tentativa de alteração pela pasta ocorreu no dia seguinte à divulgação de que o país contabilizou pela primeira vez mais de 3 mil mortos em 24 horas por Covid-19, aproximando-se da marca de 300 mil vítimas. O Brasil é hoje o epicentro global da pandemia e tem causado preocupação entre autoridades de saúde e governos de todo o mundo devido à incapacidade de controlar a disseminação da doença.

Mais cedo, após reunião entre os chefes dos Poderes, ministros e governadores, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a criação de mais um comitê, com a responsabilidade de definir as ações do combate à epidemia de Covid-19, em coordenação com os governadores. depois do discurso da noite da véspera, em que se mostrou favorável às vacinas, ainda há dúvidas no mercado sobre em que medida o presidente adotará uma postura mais combativa em relação à crise sanitária.

Na avaliação de profissionais do Barclays (LON:BARC), o Brasil está hoje envolto na intensificação de três crises --aceleração da pandemia, deterioração de perspectivas de crescimento e crescente risco de ruptura fiscal--, com fator adicional vindo do ressurgimento do ex-presidente Lula na cena política.

O banco privado ainda vê chances de o real se apreciar no período de três a seis meses, mas estima que o alívio durará pouco, com a moeda voltando a sofrer no quarto trimestre à medida que discussões sobre o Orçamento de 2022 e o teto de gastos antes das eleições de 2022 ganhem tração. A previsão é que o dólar feche 2021 em 5,50 reais. (Edição de Isabel Versiani)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.