Investing.com - À medida que as negociações entre democratas e republicanos nos Estados Unidos começam a dar sinais de avanço os investidores europeus, atentos aos desenvolvimentos do lado de lá do Atlântico, parecem recuperar gradualmente o apetite pelo risco.
No mercado nacional é essa a tendência. A bolsa de Lisboa arrancou a sessão em terreno positivo, a prolongar os ganhos da véspera, em linha com o desempenho da maioria das praças de referência do velho continente.
Ontem, o presidente Barack Obama reuniu-se com os líderes do partido Republicano para encontrar um possível acordo de curto prazo sobre o aumento do limite máximo de endividamento e evitar o cenário de incumprimento da dívida da maior economia do mundo a partir de 17 de outubro.
Contra o "default", o partido republicano propôs um aumento do endividamento por um período de seis semanas, numa expressão clara de abertura ao diálogo, o que leva o jornal "Financial Times" a dizer que se tratam das "primeiras negociações sérias."
O futuro ditará a sentença, mas o certo é que os mercados estão a reagir positivamente a estas notícias. Por cá, o PSI20 somava esta manhã 0,54% para os 6.099,10 pontos, com nove cotadas em alta, oito em baixa e três inalteradas.
A Portugal Telecom era uma das cotadas que mais impulsionava o mercado nacional. Avançava 1,33% para 3,422 euros, acompanhada pelas congéneres do setor, a Zon Optimus e a Sonaecom, que valorizavam 0,1% e 0,63% para cotar nos 4,785 euros e 2,248 euros respetivamente.
As restantes cotadas do universo Sonae mantinham a tendência altista da sessão anterior. A casa mãe liderava com uma subida de 1,96% para 0,989 euros e a Sonae Indústria apreciava 1,68% para 0,604 euros por ação.
Em destaque seguia também o BES, que brilhou na sessão de ontem. Esta sexta-feira, os títulos do banco liderado por Ricardo Salgado somavam 2% para 1,02 euros. BCP e BPI recuavam 0,97% para 0,102 euros e 0,19% para 1,067 euros. O BANIF acompanhava a tendência com um tombo de 9,09% para 0,01 euros. Os papéis do ESFG mantinham-se inalterados nos 5,22 euros.
Entre as energéticas, o peso pesado Galp animava o setor com ganhos de 0,37% para 12,37 euros. A EDP recuperava, ainda que ligeiramente, o terreno perdido ao longo das últimas sessões somando 0,16% para 2,462 euros. A subsidiária EDP Renováveis recuava 0,08% para 3,825 euros.
A impedir maiores ganhos no mercado nacional estavam ainda a Jerónimo Martins e a Portucel, a regredir 0,11% e 1,01% para 14,08 euros e 2,737 euros respetivamente. A Mota-Engil também cedia, 1,98%, para 3,312 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50, mantinha-se acima da linha de água, com uma subida de 0,09% para 2.972,05 pontos.
O FTSE londrino destacava-se com uma subida de 0,38%, acompanhado de perto pelo DAX alemão, a avançar 0,34%. O MIB italiano somava 0,24%.
A contrariar a tendência o CAC francês recuava 0,04% e o IBEX madrileno 0,11%. Isto no dia em que, o Instituto Nacional de Estatística espanhol anunciou que a inflação no país caiu 0,2% em setembro, face a agosto, baixando 1,2 pontos em termos anuais para 0,3%.