LISBOA, 29 Abr (Reuters) - Portugal dará garantias estatais a parte dos empréstimos corporativos que os bancos possam necessitar para reestruturar os sectores mais atingidos pela pandemia da COVID-19, tais como o turismo e o retalho, se as empresas não conseguirem começar a reembolsá-los depois de Setembro.
O Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse quarta-feira ao final do dia que "estas garantias estatais irão aliviar o esforço de capital que os bancos terão de acomodar para a reestruturação destes empréstimos que acordaram com os seus clientes".
O volume de reembolsos de empréstimos suspensos pelos bancos portugueses, ao abrigo de um programa para ajudar as empresas a ultrapassar a pandemia, atingiu 24 mil milhões de euros em Janeiro, ou 33,2% do total de empréstimos empresariais. congelamento, destinado a evitar um aumento do crédito mal parado nos bancos que passaram os últimos cinco anos a reduzir os seus rácios de 'non-performing loans', terminará a 30 de Setembro.
"Temos de enfrentar o fim destas moratórias com realismo, mas com alguma confiança para a maioria dos sectores. A nossa preocupação está nos sectores mais afectados pela pandemia - turismo, comércio e cultura", disse Siza Vieira numa conferência económica.
Texto integral em inglês: (Por Sergio Goncalves; Editado por Andrei Khalip e Alison Williams; Traduzido por Mariana Ferreira Azevedo)