Investing.com - A beneficiar de indicadores económicos positivos para a economia nacional, a bolsa de Lisboa encerrou a semana em forte alta, de tal forma que liderou os ganhos entre as praças do velho continente.
O Instituto Nacional de Estatística anunciou que as exportações portuguesas aumentaram 6,3% e as importações cresceram 2,1%, no segundo trimestre, face a igual período do ano passado. Desta forma o défice da balança comercial registou uma redução em 424,2 milhões de euros. Também no segundo trimestre a taxa de desemprego caiu 16,4%.
Neste contexto, o PSI 20 avançou 1,82% para os 5.966,69 pontos, com apenas uma cotada em baixa, 18 em alta e uma inalterada.
As ações da Portugal Telecom estiveram em destaque ao somar 4,48% para cotar nos 3,105 euros. No próximo dia 14 de agosto são conhecidos os resultados do segundo trimestre do ano. À semelhança do que acontece com as congéneres europeias, a PT beneficia da oferta do milionário mexicano Carlos Slim, que controla a America Movil, sobre a operadora holandesa de telecomunicações KPN. Ainda no setor das telecomunicações a ZON Multimédia fechou a subir 1,29% para os 4,461 euros por ação.
Também a puxar pelo mercado nacional estava o peso pesado Jerónimo Martins, a recuperar gradualmente terreno depois das perdas registadas nos últimos tempos. Os títulos da proprietária dos supermercados Pingo Doce fecharam a subir 4,38% para os 15,385 euros.
A família Sonae consolidou os ganhos do início da sessão, com as ações da Sonae Indústria a avançarem 3,38% para os 0,49 euros e os papéis da casa mãe a somarem 5,65% para cotar nos 0,86 euros. Os resultados da participada Sonae Sierra ajudaram ao desempenho. Só a Sonaecom contrariava esta tendência, regredindo 0,33% para 1,793 euros. Esta foi, de resto, a única cotada do PSI 20 a fechar no "vermelho."
No setor da banca, os títulos do Banif mantiveram-se estáveis nos 0,011 euros. BES e BCP avançaram 1,26% e 1,01% para os 0,805 euros e 0,1 euros respetivamente. Os papéis do BPI ganharam 1,1% para cotar nos 1,01 euros.
No setor energético, a EDP Renováveis liderou os ganhos, a avançar 1,24% para os 3,852 euros. As ações da casa mãe somaram 0,11% para os 2,703 euros. Os títulos da petrolífera Galp apreciaram 0,8% para os 12,62 euros.
Lá fora, o otimismo dominou entre os investidores e traduziu-se numa "maré verde", com o índice Eurostoxx 50 a avançar 0,31% para os 2.825,62 pontos.
O FTSE londrino somou 0,82% e o IBEX madrileno 0,73%. Também em alta, o CAC francês valorizou 0,30% e o DAX alemão 0,24%. O MIB italiano apreciou 0,23%.
Do outro lado de Atlântico, as bolsas dos Estados Unidos acordaram em baixa, pressionadas pelo fantasma da redução dos estímulos económicos.
Os dados positivos sobre a produção industrial chinesa, que cresceu 9,7% em julho quando comparado com igual período do ano anterior, parecem não ser suficientes para tranquilizar os investidores. O índice industrial Dow Jones seguia a desvalorizar 0,78% e o tecnológico Nasdaq 0,36%. O S&P 500 cedia 0,40%.